sexta-feira, 27 de março de 2009

AFINAL, VAI PAGAR QUANTO????

Sabe mina? Mina de ouro, de diamante, de ferro, seja lá do que for? Então, imagine uma de diamantes, onde o diamante que você tira num dia tá lá de novo no outro. Uma fonte inesgotável, onde você pode cavar a vontade que o buraco não chega no fundo. Vizualizou? Pois é, você acaba de ver uma empresa de onibus.
Fiquei surpreso ontem que meu post sobre o meio passe no transporte para estudantes fosse comentado justamente por alguém que ESTAVA na manifestação. Louco isso, blog chega onde a gente nem imagina. Hoje o jornal veio confirmar o que ele disse, sobre sprays de pimenta, empurra-empurra e coisa e tal. Nesse mérito não vou entrar, porque estudante sabe desde sempre que manifestações estão sujeitas a contra-manifestações. Voltemos na meia-entrada escolar.
Vamos fazer contas de novo? Lembra que o garoto economizava, muito provavelmente do pai dele, no mínimo R$ 46,00 por mes nas passagens? Então, com esse dinheiro ele poderia ir ao cinema umas 6,5 vezes, considerando o ingresso mais caro de BH, R$ 14,00. Ah tá, calculei lembrando que no cinema a meia entrada é o-bri-ga-tó-ri-a.
Sabe outra coisa que não é opcional, mas o-bri-ga-tó-ri-a? Pegar onibus. Ninguém escolhe pegar onibus, como escolhe ir ao cinema. A pessoa TEM que pegar onibus. Entendeu aí a mina de diamantes lá do início?
Bom, teatro é um pouquinho mais caro que cinema. Olha só, estou lidando com dados de BH ok? Aí na sua cidade talvez a conta seja outra, mas também facinha de fazer. Supondo uma meia entrada de R$ 15,00, nosso economico estudante foi no teatro 3 vezes no mês somente com dinheiro que não gastou de onibus. Ah sim, porque no teatro também a meia entrada é o-bri-ga-tó-ri-a. Por outro lado, alguém é obrigado a ir no teatro? Não. Mas é obrigado a pegar onibus? Uai, claro que é.
Daí que o jornal de hoje tá falando que um assessor do Prefeito se comprometeu com os manifestantes cheirando a spray de pimenta que vai estudar a questão e no final de abril será proposta alguma solução. Segundo o servidor pago com dinheiro público "a Prefeitura não subsidia as passagens do transporte público, ou seja, é a população quem paga." (Fonte: Estado de Minas - 27/03/09). Uma forma singela de te colocar contra o meio passe, já que você, coberto de razão, não vai querer pagar onibus mais caro pro seu vizinho economizar nas despesas que tem com o filho em idade escolar.
bom, não pode ter meio passe no onibus sem tirar dinheiro do seu bolso, mas pode ter meia entrada em qualquer atividade de cultura e lazer. De novo a velha e boa tecla:
A pessoa não é o-bri-ga-da a pegar onibus? Então não seria muito mais lógico que ela tivesse o desconto de 50% onde é obrigada do que onde ela vai se quiser?
prá fechar sem deixar ponto sem nó, não sou contra a meia entrada na cultura e lazer, afinal a gente não quer só comida. Nesse caso acho que falta somente moralizar, mas este blog já falou sobre isso lááááá trás, quem quiser recordar é só procurar pelo tópico "Meia-boca".

quinta-feira, 26 de março de 2009

QUER PAGAR QUANTO???

Hoje de manhã ouvi no rádio que estava tendo uma manifestação de estudantes na Praça Sete, centrão aqui de BH. Segundo a reporter, o movimento era pela liberação do passe livre nos onibus. Bom, acho que tudo vai ficar mais claro fazendo uma continha:
Supondo que as aulas sejam de segunda a sexta (sem contar os sábados letivos) e prevendo somente uma passagem de ida e uma de volta, são 10 passagens. Ao preço daqui, R$ 2,30 cada uma. Então, em uma semana o estudante gastou R$ 23,00. Numa família de dois filhos, casalzinho, R$ 46,00. Na média de 4 semanas a cada mês, em março, por exemplo, o transporte ficou em R$ 92,00 por cabeça. Caro né?
Agora olha que legal, se este mesmo estudante quiser ir num cinema, no teatro ou no show da sua banda predileta, vai pagar meia. Ram ram, então se o mesmo raciocinio fosse aplicado no onibus, os R$ 92,00 virariam R$ 46,00. Ou seja, o casalzinho de filhos teria o custo de um só. Continha fácil de fazer né? Massssss...
Corte rápido para as eleições prá prefeito, no ano passado. Os gangsters, ops, candidatos, discutiam o meio passe para estudantes. Sabe onde pegava? O drama era:
Quem ia pagar o complemento? De onde saíria o recurso?
Uai, quem paga o complemento da meia entrada, de onde sai o recurso? De lugar nenhum. Annnnnnnn tá, entendi, quem trabalha com cultura pode ter seu faturamento reduzido pela metade, quem trabalha com onibus não.
Lobby forte não se discute mesmo. Lembro a muuuuuuiiiiiitos anos atrás, todo aumento de passagem tinha quebra-quebra. Os trabalhadores iam prá rua, gritavam, até viravam onibus de cabeça prá baixo. É, o povo é carneirinho até certo ponto né. Então, o que eles fizeram? Claro que passaram a controlar melhor as tarifas, obvio, diria o marciano em visita a Terra. Na-na-ni-na-não. Simplesmente criaram o vale-transporte. Assim ninguém mais punha a mão no bolso prá pagar passagem. Aumento vem, aumento vai, quem vai reclamar? Olha só, não to falando mal do vale-transporte não, só exemplificando como as soluções podem ser tomadas sem prejuízo de quem tem lobby.
Tem mais uma coisa. Talvez aí na sua cidade o transporte público seja o máximo. Aqui... sem comentários, uma coisa viu.
Então, tô com os estudantes na batalha pelo passe livre, ou pelo menos pela "meia-entrada" nos onibus. De onde vai sair o recurso prá pagar o resto? Fácil gente, faz exatamente o mesmo caminho feito pra cultura e entretenimento, tira do mesmo lugar. Tá vendo, nem vai dar trabalho pra pensar, o caminho tá prontinho já.

terça-feira, 24 de março de 2009

NOVAS DIRETRIZES

Sentiu minha falta ontem? Sei lá, minha impressão é que ninguém sentiu :-)
Vamos lá, desde o início tenho a resolução que não quero escrever um blog sobre blogs. É, incrível isso, mas um percentual enorme de blogs que a gente vê são justamente sobre a experiência de fazer um blog. Outra coisa que até já falei antes, blogueiros formam uma espécie de confraria, então fica assim, blogueiro escrevendo prá blogueiro ler. Óbvio que quero leitores blogueiros, todos são bem vindos no meu objetivo de ter audiência, mas sinceridade? Quero mesmo é ter leitores. Olha só, teria sentido colunistas de jornal escreverem visando outros colunistas? E mais, jornais serem impressos prá outros donos de jornais ficarem lendo? Tá bom, não sou nenhum destes estrelões que bombam as vendas das revistas, estou falando somente em termos de objetivos.
Então, novas diretrizes. Resolvi ontem que não vou me obrigar a escrever todos os dias. Razões várias:
* Quero escrever coisas interessantes prá conquistar cada vez mais leitores. Se tenho a obrigação de escrever, nem sempre vou conseguir coisa boa. Não, não se trata de "inspiração", mas sim de ter a mão temas que sejam de certa forma relevantes.
* Quando escrevo todos os dias, vou "abaixando" posts legais, que por isso talvez nem chegarão a ser lidos. Vamo combiná, seria muita pretensão achar que você entra aqui todos os dias.
* Tenho alguns temas bacanas que coço a mão prá escrever. Mas sabe a sensação de desperdício? Daí que quero ter uma audiência mais garantida na hora de falar sobre eles, então vou adiando um pouco.
Creio que basicamente são estas as razões.
Quer dizer então que não vou mais escrever todos os dias? Não, não é bem assim, muito provavelmente continuarei postando diariamente, com raras excessões, como aconteceu ontem. Seeeeeee você puder, deixe comentários nos posts que ler, gostar ou odiar. Eu sei que as vezes é bem chatinho, muitas vezes trava, outras vezes a gente manda e não vai. Tentei facilitar configurando para comentários anônimos e não moderados. No local adequado, quando você clica prá dar suas opiniões, tem um textinho explicando isso. Comentários são importantes porque nos dão a dimensão do acompanhamento do blog, uma vez que os contadores de visitas não são muito confiáveis.
Desculpa, hoje foi blog sobre blog, mas prometo que estes serão momentos raros em um universo que pretendo fazer interessante.
Ah, amanhã é meu aniversário, "sou ariano torto, vivo de amor profundo. Sou perecível ao tempo, vivo por um segundo. Perdoa meu amor, esse Nobre Vagabundo..."

domingo, 22 de março de 2009

PARABÉNS PRÁ VOCÊ

Você já ouviu a expressão "uma foto vale mais que mil palavras?" Pois é, acho que nem tem muito o que escrever neste post. Aniversário do José Dirceu, 9... NO-VE ministros presentes. Ainda ficamos perdendo tempo com novos escandalos, prá que né?
24 de abril tem aniversário do José Sarney, 16 de setembro do Renan Calheiros, 12 de agosto do Fernando Collor e em 2010 tem eleição...

sábado, 21 de março de 2009

PEDOFILIA E CAÇA AS BRUXAS

Com o assunto na ordem do dia, não teria como iniciar este post sem dizer que tenho NOJO de pedofilia. Se fosse fazer um Top Five dos crimes que considero hediondos, com certeza este ocuparia destaque com louvor, junto com esse povo que maltrata velho. Sabe, aquelas imagens que a gente vê de pessoas que deveriam estar cuidando de idosos, mas que em vez disso estão batendo neles? Pois é, acontece que por mais que algumas coisas nos irritem e nos dêm (ou deem, ou dêem) vontade de fazer justiça com as próprias mãos, é preciso ter cuidado. Velhos talvez virão depois, o caso aqui-agora é pedofilia.
Todo dia tem reportagem sobre isso. Confesso que fico mais nas manchetes dos jornais e nas capas das revistas, não aprofundo a leitura. Bom, vendo aqui e ali, tá rolando a ideia de diminuir os procedimentos para definir as culpas, com a alegação que o processo abre a cada momento novas feridas nas vítimas. Ram-ram, tudo muito bom, tudo muito certo, mas que tal pensar na possibilidade de, na pressa, serem criadas novas vítimas? Sim, vítimas de injustiças, vítmas da maldade, vítimas de vinganças, vítimas de quem não mede consequências do que faz.
Conheço casos de abusos sexuais. Não, não é só de ler não, quando falo "conheço" é no sentido literal. No meu círculo de amigos próximos tenho dois adultos que foram abusados na infância. Sei das sequelas que as vítimas carregam para o resto de suas vidas. Agora conheço também, e convivo, com muitos adolescentes e crianças. Olha, eu já vi, ninguém me contou não, eu vi e ouvi menino de nem 10 anos ameaçando pai e mãe com Conselho Tutelar, só por ter sido chamado a atenção. Cri-an-ça! Agora pega aí um adolescente de 15 anos, pendurado em uma matéria, perigando tomar bomba... Ahnnnn? Não seria o momento de levantar uma lebre contra o professor? Tá, a bomba já rolou, os pais cortaram a internet e o cinema por um mês. Vingançaaaaaaaaaaaaaaaa, pode ser o grito de guerra. Sabe aquele vizinho esquisitão? O que não devolve a bola que cai no seu quintal? Opa! Que tal inventar uma historinha? Assim ele aprende!
Pôxa, que cara exagerado... Gente, vamo combiná, valores morais e éticos não são os que estão mais em alta na molecada de hoje né?
Então, prá quem não lembra, um pouco de história
Escola de Base, São Paulo, 1994. Os donos do colégio, assim como alguns colaboradores, foram acusados de promover orgias com as crianças. Queeeee???? Pega, pega!
Assim a opinião pública caiu de pau, a imprensa armou um grande circo e a justiça ajudou. Na sequencia a escola foi depredada e a vida dos acusados destruída. Há quem diga até mesmo que foram torturados em interrogatórios. Éééééé, junto vieram as ameaças de morte, o linchamento moral sem dó nem piedade e o isolamento implicando em fobias, traumas, miséria financeira e social.
Ufa! Daí o que que deu? Os caras e as caras eram i-no-cen-tes! Isso mesmo, a história toda tinha sido in-ven-ta-da! Então, depois de todo o estrago feito o povo foi indenizado e com certeza, como a justiça é muuuuuuiiiiiito rápida, ainda devem ter um monte de ações rolando.
Como eu disse, tenho nojo de pedofilia, mas é preciso ter cuidado nos julgamentos apressados. Acho também impressionante como alguém pode ter atração por um corpo infantil. Por mais que seja execrável este comportamento, creio que é meio difícil dissociá-lo de uma doença.
Enfim, doente ou não, ninguém tem o direito de marcar a vida do outro. Quer ter um fetiche? Toma uma surra de chicote do seu parceiro(a) mascarado(a). Pelo menos as marcas serão só nas suas costas.

sexta-feira, 20 de março de 2009

AS QUATRO ESTAÇÕES

Engraçado como a gente se acostumou a dizer que o mundo mudou e a natureza deu uma pirada. Ahn, também não sou nenhum alienado, eu sei que a mão do homem vai muito onde não deve e que isso tá fazendo uma tremenda confusão no planeta.
Bom, mas o assunto aqui não é ecologia e nem eco-chatos de plantão. Ontem me veio um pensamento que muita coisa tem mais a ver mesmo é com a nossa falta de atenção.
É bem verdade que no Brasil, e muito mais aqui na minha região, as 4 estações não são bem marcadas, com características muito fortes. Agora, quem tava sabendo que o verão acabou ontem? Pois é, assim que fiquei sabendo associei com a mudança de temperatura que começou a noite. Olha só, dormi de edredom, sendo que até então tava dormindo com ventilador ligado. Hoje de manhã, sol quente, mas fora dele bem mais fresquinho. Sem contar que o ar muda, não só a temperatura. É, as plantas também, dá uma olhada nas árvores pela rua, dá prá notar mesmo sem morar numa fazenda. Você já percebeu que o céu, mesmo sendo sempre azul, tem tons diferentes a cada época do ano?
Então, tá certo que não temos estações tão marcadas quanto outros países, mas quando prestamos atenção até que conseguimos perceber sim. E por falar em piração da natureza, cadê a enchente das goiabas? Pois é, ontem, dia 19, era o dia de cair o maior toró. Choveu aí? Aqui ó, não choveu nadinha. Águas de março fechando o verão... tá bom...

quinta-feira, 19 de março de 2009

DELITINHOS E DELITÕES

Minha irmã hoje me contou um caso interessante. Ela estava no supermercado fazendo compras e queria levar laranjas. Prá você entender melhor, preciso explicar como é a composição dos preços na banca das frutas dessa loja:
Laranja 1 e laranja 2. A laranja 1 é vendida por quilo e é mais barata. Já a laranja 2 é empacotada e mais cara. Dá prá imaginar qual é a mais bonitinha e provavelmente melhor né? Então, até aí ninguém tá lesando ninguém, você escolhe o que quer de acordo com o que pretende pagar.
Deu que a laranja 1 não tava lá essas coisas. Nesse momento tinham tres pessoas na banca, minha irmã, um homem e uma dona.
A minha irmã falou:
- Ah, acho que vou levar a laranja do pacote, essa outra tá muito ruim...
O homem falou:
- É, tá compensando mais levar essa, mesmo que seja um pouco mais cara...
A dona, que poderemos chamar de Sra. Espertinha disse:
- Que isso, sempre que é assim eu abro o pacote e levo a laranja prá pesar, como se fosse a outra...
Sentiu o drama? Apostar não vou que não sou doido, mas garanto 99% de chance dela se indignar diante das notícias de corrupção da quadrilha que manda no país. Aposto, aí já posso apostar, que ela tem medo de pivete e muuuuiiito provavelmente ela muda de calçada quando vem de frente com um morador de rua.
Me conta, essa dona não é uma pivetona? Essa dona dentro de um Congresso não ia deitar e rolar? E ó-be-ve-o que entre ela e o morador de rua a diferença é o endereço, quando muito, porque o fato de morar na rua não faz dele um ladrão de laranjas, atividade na qual ela comprova grande competência.
Tenho trocentos outros casos semelhantes, e você com certeza também tem. Claro, é gente furando fila, comprando trem roubado, ficando com troco errado, levando roupa prá experimentar em casa e devolvendo depois de usar na festa, comprando DVD pirata, enfiando pipoca na bolsa prá comer dentro do teatro... Ops, comecei a advogar em causa própria :-)
Não existem tamanhos de delitos e infelizmente prá maioria o que conta é simplesmente de que lado do balcão está. Não sei se falo o brasileiro ou o ser humano, mas é fato que as pessoas querem fazer passeata pela paz de manhã e subir o morro do macaco molhado de noite.
Não dá ne?

quarta-feira, 18 de março de 2009

CLODOVIL

Chovendo no molhado, vou falar da morte, ou passagem, como preferem alguns, de um dos personagens mais polêmicos do circo da vida pública. É, ele mesmo, Clodovil, o deputado-estilista-apresentador-ator, alvo da chacota e da inveja enquanto viveu.
Não, não sou fã dele e prá falar a verdade poucas vezes o vi em seus inúmeros programas de TV. Segui de perto apenas um, se eu não me engano na extinta TV Manchete, inicinho dos anos 90. Um Jô 11 e meia da época, mais atrevido e por vezes beirando o desrespeito aos convidados, sempre relutantes em aparecer na atração. Atrevido e por vezes desrespeitoso porque o apresentador meio sem noção fazia perguntas que muita gente queria fazer e não tinha coragem. Também porque ele pegava aqueles boatos que circulavam no inconsciente coletivo, sempre preocupado com a vida alheia, e perguntava na bucha. Tinha ainda a tal lente da verdade, momento de encerramento das tensas entrevistas, mas nem sempre o ponto alto da indiscrição da noite.
Duas outras coisas chamavam a minha atenção no programa: O modo como ele anunciava os intervalos "nossas estrelas comerciais" e o café que fazia ao vivo para os entrevistados, sempre utilizando uma cafeteira diferente, o que dava uma sofisticação especial. Parece que o programa saiu do ar em meio a uma série de reclamações e até ações na justiça, sem contar que acho que já não tinha muita gente com coragem de tomar aquele cafezinho ali.
Por toda a mídia a gente vê as reações de quem conviveu com ele. Agnaldo Timoteo cantando na sua despedida, uma carpideira indo chorar de graça, a deputada (Cida Diogo) chamada de feia esquecendo as desavenças, o presidente estadual de partido chinfrim (Ciro Moura - PTC/SP) sendo expulso do velório perdendo a oportunidade de ficar calado ao dizer que ele é que tinha eleito Clodovil deputado.
Ora, ora senhor presidente de partido, todo mundo sabe que o que o elegeu foram a soma do seu carisma, a inteligência inquestionável e mais uma vez a chacota. O mau gosto agressivo metidinho a engraçado fez a sua fama. Desde pequeno eu ouvia as piadas em torno do personagem, talvez a mais conhecida seja aquela que fazia o trocadilho com o nome, bem ao gosto da grosseria do humor baseado no preconceito:
"Clô para os amigos, Clodô para os inimigos e Dô pros íntimos"
Apedrejado e apedrejador por todos os lados, sofria este preconceito social ao mesmo tempo que sofria o patrulhamento do povo engajado que cismava que ele tinha que fazer apologia gay. Ah gente, por que as pessoas que se julgam tão batalhadoras pela diversidade não conseguem conviver com pensamentos contrários aos seus? Ao chamá-lo de "bicha desmunhecada" com o argumento de "dar visibilidade ao modelo de vivência homossexual já ultrapassado" o gay profissional Luiz Mott deu a entender que sim, existe um jeito que é o jeito certo de viver e mais, o jeito certo de ser gay. Luiz, respeita Januário né fi???
Enfim, mais uma vez as piadinhas correm soltas em todos os espaços de comentarios abertos ao populacho. A inveja e a chacota que fizeram sua vida, fazem também a sua despedida. Sorry pelo populacho, mas que nome dar a perdedores que se dedicam a debochar de gente que faz? Me fala aí que eu mudo.

terça-feira, 17 de março de 2009

É HOJE!

Não acho que este espaço seja útil como divulgação. É, existem trilhões de lugares prá você saber o que tá rolando e onde. Jornais, revistas, rádio, TV e agora então, o que a gente quer saber tá no Google. Bom, não vamos desmerecer também tudo o mais da internet né, são provavelmente milhares os sites que falam de programação seja a mais diversa: Cinema, teatro, balada, TV... Não, não consigo dar nenhum furo. Então, por não ser informação de primeira hora, o único sentido de falar de eventos tem que ser meio opinativo, e nem quero dizer "crítica", porque nunca me senti com tanta autoridade prá dar nota no trabalho dos outros. Ram-ram, é isso mesmo, opinativo aqui é bem na linha gosto-não gosto e se você me acompanha e de certa forma identifica comigo, vai na onda.
Tanto blá-blá-blá prá falar de uma coisa que todo mundo tá cansado de saber. Hoje é dia de estreia. Às 22h, na Warner, começa "Fringe". Ahn, maaaaaaiiiiis uma série? Pera aí gente, sou viciado né, vira-mexe vou falar disso mesmo.
Bom, entre tantas, o que esta tem de diferente? Simplesmente a expectativa de ser a mais nova produção de J.J. Abrams, que vem a ser ninguém menos que o homem por trás de "Lost". Quem segue "Lost" não é apenas um espectador, somos o que pode se chamar de Lostmaníacos. Não conheço um que tenha começado a acompanhar a série e não tenha se tornado um seguidor. Presencio inúmeras discussões e teorias quando esse povo coincide na mesma hora dentro da locadora. É, fora dela também, é só jogar a palavra lost no ar que alguém por perto vai pegar e o assunto vai ferver.
Dizem que "Fringe" é uma mistura de "Lost" com "Arquivo X". Vamos ver no que vai dar, o nome do cara chama, mas é bem comum a gente ver um grande sucesso seguido de um retumbante fracasso.
Então, sem garantia de nada, hoje a noite tô lá, no meu velho sofazinho que preciso trocar urgente, de olho na estreia (é, descobri pela propaganda do soletrando que estréia não tem mais acento).

segunda-feira, 16 de março de 2009

RETORNOS

Falei de dois assuntos aqui que tiveram prosseguimento, então acho que será legal dividir com você.
Olha só, um foi o caso Unibanco e outro o caso Nescafé. Em ambos, recebi ligação dos citados. Nãããããooo, não viaja não, meu blog também não tá bombando assim. Capaz de alguém da Nestlé tá sentado lá procurando Beagá Que Eu Vejo na net.
O que rolou foi o seguinte: Meio no objetivo de divulgar o blog e no desejo de quem interessava diretamente no assunto lesse, simplesmente mandei os links. Incrível né, internet aproxima as pessoas.
Recebi um e-mail da Nestlé, responsável entre outros produtos pelo Nescafé, me pedindo um telefone de contato. Tchammmmmmm!!!!! Querem meu telefone??? Me processar não vão né, falei bem, então o que será? Patrocínio! Patrocínio! Patrocínio!
Ai ai, sabe aquele sotaque de telemarketing? A ligação foi assim. Muitos agradecimentos, que bom, fale sempre, ligue prá nosso 0800 e parárá-parárá. Fiquei meio perdido, conversando em celular na rua, não tive muito jogo de cintura na hora, também nem ia adiantar, o que verifiquei depois. Ah, legal terem dado atenção, achei até bem surpreendente ligarem prá mim. É... Mas fala sério, não deu uma decepcionadinha? Maaassss, se o contato tava feito, quem sabe? Enviei logo um e-mail, dizendo da minha satisfação e tal pela atenção, mas mandando bem direto e objetivo o que eu queria. Pa-tro-cí-ni-o. Ainda abri o leque, falei das minhas outras frentes de trabalho, de produções culturais, de gestão de teatros e tal. Pois é Nestlé, o cardapio da na mesa, vai levar o que?
Povo eficiente viu. Não levaram nem um dia prá responder. Esclareceram suas políticas, me enviaram formulários e quer saber? Vou preencher. Tô só amadurecendo o que propor. Torce aí gente, que escrever de graça tá osso.
Unibanco: Ligação da gerente com desculpas e prá falar a verdade bem realista. Falou que estavam tomando providências, que a reclamação procedia, mas não prometia nenhuma grande mudança imediata. Óbvio que eu não quero ficar na fila do banco, mas adiantava ela me falar que não ia ficar mais? Sincera a moça, gostei. Me convidou para conhecê-la quando fosse na agência e disse que pretende permanecer por lá. Assim espero, porque quando tinha uma gerente que ficou um tempo as coisas até que iam melhor, pelo menos a gente sabia com quem falar. Depois dela virou uma corrida de revezamento, difícil saber quem trabalhava lá, cada dia um.
Legal mesmo nessa história toda? Saber que mesmo que a gente precise mandar prá pessoa o que escreveu, tá escrito, tá publicado e de certa forma acaba tendo uma força. Pera aí né, também sempre tem alguém que lê.
Muito bom isso, a internet te dá voz. Agora só falta começar a ganhar! :-)

domingo, 15 de março de 2009

DURMA-SE COM UM BARULHO DESSES

começo dizendo que gosto de balada. Gosto de música eletrônica, gosto de trance, gosto do bate-estaca. É, não sou do tipo que fica ouvindo bolero. Gosto de música alta sim, só não gosto quando vou dormir. E foi assim que ontem vivi mais uma situação bizarra, dessas lógicas inexplicáveis da criação humana.
Moro em frente a uma boate. Tipo moderninha, uma das mais badaladas da cidade, no genero. Não quero atrapalhar o negócio de ninguém e me considero até bem compreensivo.
Agora me conta, o som da boate tem que ser na pista ou no meu quarto? Pois é, vai entender porque, essa casa noturna vanguardinha inventou uma moda de ali pelas duas da manhã jogar o som com tudo prá fora. Gente, será que eles pensam que as pessoas vão tirar seus pijamas e correr prá lá? Será que só nessa hora o povo vai descobrir que tem festinha rolando do outro lado da rua? Que tipo de estratégia maluca é essa? Ah, e isso não é só no sábado não. Com uma programação intensa, as vezes em plena quarta feira, tudo quietinho, lá prá uma da manhã começa o batidão. Bom, já deu prá notar o quanto enche o saco né?
que entra a comédia municipal. A Prefeitura de BH, muito preocupada com o cidadão, tem um serviço chamado Disque-Sossego. Então nestes casos você não precisa ligar prá polícia, dar alteração na porta da boate, nada disso. Basta pegar o telefone e pronto. Acreditou? Pode ligar a vontade e falar com uma secretária eletrônica, que pede seus dados e nunca mais te dá notícia.
Ontem, já preparado para falar mais uma vez com a máquina, sou surpreendido por uma voz grave, identificando:
"Disque Sossego boa noite"
Meio atônito com a surpresa de estar ouvindo uma pessoa, comecei a relatar o meu martírio noturno, isso eram 1h40 da madrugada. O cara explicou que quando cai na secretária é porque "os ramais" estão ocupados... Ahn??? RamaiSSSS ocupados duas da manhã? Prá não render o assunto prossegui com a minha queixa. Depois de tudo conversado, vem a bomba:
" Vou passar a reclamação para o fiscal e ele vai te ligar".
Como assim? Me ligar? Uai, não vai dar um jeito no barulho não? Aff, enfim, beleza, se não vai ser hoje, pelo menos futuramente não vou precisar passar pela festa no apê com som que vem da rua. I-no-cen-te-men-te perguntei:
- Quando ele vai me ligar?
- Bem, a fiscalização vai até as 3 horas da manhã, então ele vai ligar até as 3...
Você entendeu? O fiscal ia ligar PRÁ MIM até as TRÊS DA MANHÃ! Fiquei sem palavras diante de algo tão teatro do absurdo. Dá prá acreditar? Claro que falei do bizarro da coisa, e ele manteve aquele tom natural, como se estivesse me falando a coisa mais normal do mundo. Pronto, pensei, agora além do barulho vou ficar tenso esperando uma ligação...
Você ligou? Nem ele. Felizmente o barulho diminuiu, consegui dormir mais ou menos e fiquei conhecendo mais uma brilhante iniciativa da Prefeitura da minha cidade. Parabéns, o cidadão com olheiras agradece!

sábado, 14 de março de 2009

PRÁ BOI (OU MAPARÁ) DORMIR

Eu acho que existem umas regras bem incompreensíveis. Dá vontade de encontrar com a pessoa que criou e perguntar: "Prá que"? Pura conversa prá boi dormir.
Olha só, ontem na TV vi um programinha, desses de minutinho só, patrocinado por uma dessas empresas aí que fazem da ecologia sua garota-propaganda. Pois é, tinha a ver com Amazônia e tal, mas falava especificamente de um peixe, o Mapará, que como o nome já diz, é encontrado onde? No Pará.
Bem legal a produção, com imagens bacanas, tudo nos conformes. Aí vem o conteudo.
Pro Mapará não entrar em extinção, foram estabelecidas algumas regras, aparentemente abraçadas pela comunidade de pescadores. Bem provável que sim mesmo, já que as imagens apresentavam pessoas simples em seus barquinhos, a não gigantes predadores imediatistas, tipo, vamos acabar com tudo antes que acabe. Contraditório né? Bom, no caso da comunidade é fácil entender seguirem as regras e eles mesmos se fiscalizarem, afinal não vão querer perder seu ganha-pão.
Primeira regra apresentada: Durante 4 meses no ano a pesca desse peixinho é proibida. Tem um nome certo mas vulgarmente falando é óbvio que trata-se do período de reprodução. Então, deixa acontecer a multiplicação dos peixes. Fácil de entender, fácil de fazer.
Passados os 4 meses, no dia da liberação, os pescadores fazem uma festa e saem em busca do sustento da casa. O programa ainda enfatiza que "os mais experientes sabem localizar onde estão os melhores cardumes". É, nada de estranho até agora. Aí é que entra a parte engraçada...
No mesmo tom otimista e animadinho, a locução diz que os tais experientes jogam as redes que são recolhidas com "toneladas de Mapará". Isso mesmo, to-ne-la-das. Ahn, legal, ficaram 4 meses esperando, valeu a pena. Ainda a locução: "Alguns peixes chegam a medir 50 cm". Ótimo, prá quem come bem, porção individual né?
vem o incompreensível: Só é permitida a pesca do Mapará a partir de 29 cm... Ahn? Específico assim, 29 cm, nem 30, nem 20, mas 29... Supõe-se que peixe de 28 cm volta prá água, claro. Também os de 27, 25, 19.5, 22.98 e por aí vai. É, concordo que se preservem os filhotinhos, mas agora me conta, são to-ne-la-das de Mapará, quem mede os peixes? Fica alguém com uma régua prá ver se tem vinte-e-nove-cen-ti-me-tros?
Afff, me ajuda aí né? Que norma é essa??? Tem umas coisas que prá que.. :-)

sexta-feira, 13 de março de 2009

SOBRE BLOGS E BLOGUEIROS

Nestes últimos 15 dias aproximadamente, que decidi levar o meu blog a sério, me deparei com um universo até então meio desconhecido prá mim. Aliás, este tópico "universos" creio que será tratado com mais calma em posts específicos, por ser um tema que me fascina e alvo de muita conversa fiada com amigos, em eternas divagações.
É, sempre penso nos universos. Tipo, antes de ter um cachorro, você não imagina o universo que existe em torno disso. Outra, andando pela cidade numa sexta a noite, você vai se deparando com diversos universos em cada região que passa. Isso prá quem, como eu, anda muito e percorre regiões que, dentro da mesma cidade, apresentam realidades muito próprias.
Bem, blogs e blogueiros. Na tentativa de popularizar este aqui, tomei algumas providências:
- Passei a postar todos os dias.
- Procurei no orkut comunidades de blogs para participar e divulgar o meu.
- Comecei a enviar e-mails para minhas listas, convidando as pessoas a conhecerem este espaço.
- Estabeleci uma rotina de comentários, principalmente troca de comentários.
- Sai falando do blog prá todo mundo que encontro.
Com tudo isso, fui percebendo algumas características, observações ainda não muito amadurecidas, afinal são apenas 15 dias nessa lida.
- As pessoas quando convidadas visitam seu blog. Na maioria das vezes leem (ou lêm, ou lêem) o primeiro post, raras vezes seguem a leitura. Tem aqueles que não sabem também mudar de página, acham que o blog inteiro é só aquilo ali que está aparecendo, de onde tomei a decisão de configurar para 30 posts por página, assim pelo menos fica bastante coisa na primeira visualização. Complicador 2: Não basta entrar e ler, pro blog pegar tem que criar frequentadores. Postar todo dia não deixa de ser uma motivação, mas ainda é pouco.
- Blogueiros em grande parte são leitores de blogs, principalmente se você está presente nas comunidades. Da mesma forma que os demais, costumam ser leitores do primeiro post e ali comentam, visando muito mais uma troca de comentários do que conhecer o seu.
Coisas boas e coisas interessantes:
- Você faz algumas amizades e cria alguns vinculos com o blog. Tem gente que entra sempre e vira uma troca de figurinhas.
- Tem muito lixo em blogs. É, as pessoas descobrem, é uma ferramenta fácil, passam a usar. Os de humor costumam ser os piores. Vamo combiná, nada pior que uma pessoa "metida a engraçada". Você tem um destes na sua família, aquele da piada do pavê:
"Mas é prá vê ou prá comer".
Sorrisos amarelos prá não perder os amigos. Blogs de humor costumam ser beeeeemmm batidos e na sua grande maioria apoiados no humor do preconceito.
- Por outro lado, uma ótima surpresa é descobrir como tem gente que escreve bem. Porque a impressão atual é de que o mundo foi tomado de assalto por gente semi-analfabeta. Nãããão, não é povo que não teve oportunidade não, o fenomeno é bem genérico dentro das universidades e entre formandos/formados do ensino médio. Descobri alguns blogs com ótimos textos, criativos e bem escritos. Nem é uma referência a gramática perfeita, regras novas e velhas e acentuações, pois como diz um grande colunista daqui de BH, "escrevo de ouvido". Textos sem erros ortográficos grosseiros e que fluem na leitura tem licença criativa. Meu queixo caiu com dois em especial. Depois de ler alguns posts bem divertidos e muito bem escritos, olha a idade dos blogueiros... Uma garota de 13 anos e o outro um moleque de 16 anos.
- Blogueiros, em sua maioria, são gente bem jovem, na faixa dos 19-20 anos. Tá, tem os profissionais, jornalistas ou mesmo empresas que criam blogs como uma canal a mais. Mas no universo da chamada "blogsfera" predominam os jovens com algo a dizer.
- Internet atinge o mundo todo certo? Médio. No universo dos blogs a maioria parece ficar ali, meio como uma ação entre amigos. Assuntos daquela turma, papo de vizinhos, "querido diário".
Prá ilustrar o post, recorri ao Google, claro. Uma piadinha de blog, em francês, mas até eu que não falo frances consegui entender, por isso coloquei. Tem o crédito, mas se precisar trocar, é só o dono falar que eu tiro, como tudo o mais aqui que tiver dono.
Sempre grato pela atenção, te espero no próximo post :-)

quinta-feira, 12 de março de 2009

SÉRIES, DE NOVO

Legal como o post sobre séries de TV deu repercussão. Tá, tem poucos comentários publicados, mas fala sério, quem comenta em blog? Primeiro que dá preguiça e segundo que é meio complicado. Um monte de gente não consegue. É, ram ram, eu também não acho tão complicado, mas a gente tem mais vivência de blog né? A maioria quando tenta comentar se perde diante de tantos detalhes, e acaba desistindo.
Voltando ao assunto, a repercussão se deu em e-mails, povo me falando e tal. Internet é universal, mas você sabe, acaba pegando mesmo é o seu vizinho do lado.
Então, minha maior surpresa foi com "The Big Bang Theory", da Warner. Eu achava super engraçado quando eles faziam as propagandas dizendo que era a série mais vista. Converso com a TV, acho que todo mundo faz isso, e logo soltava um:
- Rá, capaz...
Olha, parece que quebrei a cara. Depois do post aqui de séries, um tanto de gente veio falar que faltou essa. Fiquei bobo, acho que a Warner tava falando sério então. Na verdade eu nunca tinha prestado muita atenção, cheguei a ver alguns episódios e é realmente bem engraçada. Fica aí a recomendação dos meus poucos, mas bons leitores, "The Big Bang Theory", terças feiras, 20h, Warner.
Ainda nas comédias, entre as favoritas, lembrei que faltou "30 Rock" e "Everybody Hates Chris" das ainda produzidas; "Will and Grace" e "Everybody Loves Raymond", das só em reprises agora, todas no Sony. Com o tempo vou lembrando mais e, conforme o prometido, também as dramáticas, policiais, científicas, etcetcetc

quarta-feira, 11 de março de 2009

BARBA, CABELO E BIGODE

Acho que todo mundo vai concordar que dar um tapa no visual é mais fácil prá mulher do que prá homem. Os recursos delas são vários, de cabelo, maquiagem e até roupas. Quando o cara tem cabelo é um plus, ou "um plus a mais", como dizem por aí. Quando não tem...
Então, tudo isso é prá falar de uma mudança que fiz. Agora sou - de novo - alguém de barba. Atendendo a pedidos, se é que vocês me entendem.
Minha vaidade é guiada por aí. Como tudo o mais, primeiro vem a lei do menor esforço. Foi assim que originariamente me tornei uma pessoa de barba. Ela começou a nascer, a crescer, e foi ficando. Detalhe, o bigode só veio depois. Então durante um tempo fui um garoto com barba sem bigode. Teve uma época que ela era tão onipresente que eu enfiava a mão inteira abrindo os dedos para desembaraçar. Já pensou?
Depois da lei do menor esforço, vêm (ou veem, ou vêem, quem é que sabe hoje em dia?) os pedidos. Atendo estas pequenas interferências que no final das contas afetam positivamente meu visual. Gosto de agradar quem me agrada, claro, vocês novamente me entendem. Aí fiquei de bigode com "mosca", aquela barbinha debaixo do lábio e por fim cavanhaque. Este me acompanhou um tempo enorme, acho que tanto quanto a primeira fase-barba.
Nessas alturas nem pensava mais em barba. A única coisa que ainda tem alguma cor é o bigode, logo, pelos pelo rosto hoje me dariam talvez um aspecto papai-noel. Maaaaaassss, quem resiste a um pedido?
Assim, barba de novo e, surpresa! Com um recorte bacaninha, que nem dá tanto trabalho, ela até me deu uma rejuvenescida. Na-na-ni-na-não! Não ligo prá idade. Beirando os 50 nem digo que são os novos 40. Neste século na verdade são os novos 30. Mas isso não importa, a gente tem a idade que tem. O fato é que hoje tive uma boa notícia. Com o novo visual desde dezembro, tenho recebido alguns elogios. Bom, de manhã fui a um dos meus multiplos locais de trabalho, em horário que praticamente nunca vou. Aí uma funcionaria de lá, que não encontro pessoalmente, só falamos por telefone, me viu. Daí mandou recado, porque disse que na hora ficou acanhada de dizer ao vivo. Falou pra uma outra me dizer que eu tinha ficado "muito gato", e que tinha ficado impressionada.
Gozado eu mesmo dizer isso né? E olha que eu falei lá em cima que nem vaidoso sou. É, não sou, mas também não tenho aquela baixa auto-estima daqueles que ficam se depreciando e muito menos sou daqueles carentes que cavam elogios se enchendo de defeitos. Ah gente, bato um bolão...
Então, ficar de cara nova é bom, pelo menos, eu tô gostando. Ah, e por favor né, também não sou o da foto não tá? :-)

terça-feira, 10 de março de 2009

HUMOR EM SÉRIE

Sou fã de seriados. Na mesma proporção que odeio novelas, amo as sitcom. Tá certo, você já ouviu milhões de vezes alguém falando que humor americano é sem graça. Há controvérsias. Os canais pagos Sony e Warner trazem um cardápio difícil de por defeito. Ram ram, concordo, tem muita porcaria, mas também tem algumas meias horas de pura gargalhada.
Recentes, com temporadas ainda sendo produzidas, posso começar com "Two And A Half Men". Tinha preguiça de assistir, aí um dia um amigo bem confiável comentou sobre ela. Comecei a ver e atualmente viciei. Bom que posso ver as eternas reprises, ainda assim pegando muitos episódios inéditos - prá mim. Essa é da Warner. "Scrubs", do Sony, é outra ainda em vigor que traz otimos momentos, embora tenha alguns personagens, um em especial, bem antipáticos.
, se as novidades não convencem, me conta, tem jeito de falar que humor americano não tem graça assistindo "Friends"? Mesmo em reprises é impossível deixar de rir de novo com as aventuras daqueles seis amigos. Ah, tô falando assistir no original, não naquelas versões sem pé nem cabeça que o SBT exibe.
Outro clássico, "Sienfield". Esta foi uma que eu demorei a me acostumar. Só depois de ver alguns episódios comecei a achar graça naquele humor do nada (programa sobre nada, igual este blog aqui).
I-nes-que-cí-veis: "The Nanny", que encontrou o momento certo de sair de cena justamente quando ficou chata, e o máximo do politicamente incorreto, "Married With Children". Essa eu acho que saiu antes do tempo, mesmo já com mais de 10 anos em cartaz. Por mim passava até hoje. Me conta, você já assistiu estas? E mesmo assim acha que humor americano não tem graça?
Engraçado é que se as séries se consagram e mesmo terminadas são reprisadas exaustivamente anos a fio, o mesmo não se pode dizer dos atores. Raríssimo algum conseguir emplacar carreira no cinema, e por incrível que pareça, emplacar até mesmo novas séries. O bem andando de mãos dadas com o mal do sucesso.
Não gosto só das séries de humor não. Tem ótimas policiais, umas comédias dramáticas imperdíveis, científicas e de mistério. Mas isso fica como tema prá outro post, que tenho que achar assunto prá todo dia né?

segunda-feira, 9 de março de 2009

CARAS PINTADAS

Não gosto muito de falar de política. Sei lá, de certa forma parece que este é sempre um assunto prá especialistas e não me sinto um. É claro que existe também uma intenção concreta de afastar as pessoas da política, para que tudo permaneça como está.
O melhor exemplo desta idéia que eu vi foi em um espetáculo, da atriz Cida Mendes com sua personagem Concessa. Em um determinado momento ela vai tomar café. Aí pega um pãozinho, de verdade, lambe ele todo e em seguida oferece prá platéia. Comediante de mão cheia, angaria fácil o envolvimento de todos e logicamente as manifestações são de nojo. Daí ela fala que é justamente o que fazem com a política, emporcalham para que as pessoas se afastem enojadas. Sensacional né?
Bem, na ilusão de participação, alguns anos atrás o zé povinho pintou a cara de verde e amarelo e foi prás ruas. Acreditavam assim que faziam a diferença e que eles, nós, os carneirinhos, estavamos tirando um Presidente da República. Quem não se lembra disso? Ai, ai, até parece. Óbvio que a coisa já tava toda feita, que com cara pintada ou sem cara pintada o jogo já tinha sido decidido.
Agora elle está de volta. O ex-presidente galã virou um gorducho senador. Gente, por vo-to! Ram ram, senador precisa ser votado prá entrar na gangue. De braços dados com o coleguinha que nunca saiu do poder, aquele do filho sustentado com dinheiro de empreiteiro, tá de novo no topo do mundo. Nos conchavos obscuros daqueles que mandam na gente, conseguiu a presidência de uma tal Comissão de Infraestrutura, que lógico que ninguém sabia o que era, mas a imprensa explicou que é quem "encaminha a tramitação das ações do Programa de Aceleração do Crescimento", o PAC, filho de dona Dilma, segundo papai Lula. Aliás, há quem diga que com as bençãos dos pais da criança, nessas jogadas nebulosas de partidos que só Jarbas Vasconcelos prá explicar.
Enfim, é isso, mais uma vez somos caras pintadas...

domingo, 8 de março de 2009

DOMINGO NO PARQUE

Postagem de 2009, com edição em 2013, dia 18/08.

Só pra brincar com a grande repercussão do momento, Mídia Ninja.
Olha aí, logo no primeiro parágrafo, eu, em 2009, meio que inventando a "Mídia Ninja Cultural".  :)


Conforme combinado, fui no show hoje de manhã. Aquele que falei, da Tetê Espíndola. Blog permite isso, postar quase que em tempo real. Prometo que quando (observe que eu disse QUANDO e não SE) este blog for famoso, com muita gente conectada on line, vou escrever muitas vezes em tempo real. Por exemplo, indo em um show como este, levo um notebok, internet 3G e mando ver.
Show 11h, ó-be-vê-o que saí de casa 11h15. Sempre me atraso, quase uma regra. Ah, moro pertinho, 15 minutos andando e tô lá. Também não preocupei muito porque estas coisas sempre demoram a começar e tinha um outro cara prá cantar. Daí ouvi no rádio que ele era antes, a Tetê depois.
Liguei pro meu amigo:
- Vamo no show da Tetê Espindola no parque?
- Nham-nham-nham-nham-nham-mham
- Tá bom, eu vou de todo jeito, se quiser me encontra lá.
Liguei pra outro amigo:
- Vamo no show da Tetê Espindola no parque?
- Nham-nham-nham-nham-nham-mham
- Tá bom, eu vou de todo jeito, se quiser me encontra lá.

Não encontrei nenhum dos dois.
Cheguei no Parque Municipal, o show já rolando. O cara lá tocando, Chico Lobo. Nunca tinha visto, mas conhecia de nome. Putz, violeiro dos melhores, mas uma chatice de querer mandar o público fazer coisas junto. "Agora vocês cantam", "Agora bate palma assim". Aff...
Outra coisa, um mineirês forçadinho. "Procês", "Docês". Só que tinha hora que escorregava um "Para vocês". Aliás, escorregava muitas vezes. Não entendo prá que essa forçassão de barra caipira. Enfim, cada artista com seu show. Ah, mas o cara é bom, viu, bom meeesssmo, quando toca e canta.
Chega o momento, o anúncio da estrela. Prá mim uma estrela. Nunca, NUNCA perdi um show dela em BH. Quando a descobri nos anos 80 fiquei vidrado. Que voz era aquela, que mulher era aquela? Punha os LPs prá esgolelar dentro de casa, um barracão de estudante em Santa Tereza. Depois veio um festival da Globo, ela ganhou. "Escrito nas Estrelas" virou uma febre. Acho que aí até meus vizinhos de barracão ficaram conhecendo a moça. Eu gostava do jeito dela cantar, o que me levava a gostar da música, apesar de nao acreditar em amores escritos nas estrelas.
Tetê no palco. Uma dona já né, imagina, dos anos 80 até hoje lá se vão quase 30 anos. Figurino simplezinho, igual de muita gente que tava na platéia. Afff, de cara alguém grita "Escrito nas Estrelas". Ela só fala "Depois." Vai rolando a cantoria, aquela voz indescritível no Parque, ambiente mais que propício prá uma cantora precursora de movimentos ecológicos antes de virar moda. O filho acompanha, tocando guitarra, fazendo as caretas obrigatórias dos guitarristas. Depois ele canta com mamãe fazendo vocal. Ah, ele não tem nada de especial, mas também não tem nada de ruim. Faz por onde, não é nepotismo puro e simples.
Mais gritos de "Escrito nas Estrelas", algumas vezes ignorados e outras vezes com o simpático "Depois." Chega a música que se revela a pior parte do show. Momento inusitado. Enquanto aquele bando gritava por uma música só, um cara catando latinhas passa cantarolando uma das músicas menos populares, que na hora estava rolando no palco.
Ápice do evento: Chico Lobo volta com o músico que tava acompanhando (desculpa músico, não peguei seu nome quando ele falou), Tetê fica no palco com o filhote Daniel (que ela descreveu como seu músico mais uterino) e rola "Cio da Terra". Duas versões, ela primeiro, Chico Lobo depois. Fecha com "Refazenda", show de voz e instrumentos.
Nossaaaaaaaaaaaaaaaa, valeu demais!!!!
Bom, fico sabendo que este projeto é do Sesc MG, o que com certeza é a garantia de novas edições do evento. Que bom!

sábado, 7 de março de 2009

FINAL DE SEMANA - FIM DE FEIRA

Eu tinha pensado em indicar alguns filmes hoje, já que a partir da sugestão da minha amiga fiz isso uma vez e deu bom resultado. Muita gente gostou da idéia. Não que eu seja um expert, sou apenas um admirador e, por trabalhar no dia a dia com DVDs, acabo tendo uma proximidade maior com o tema.
Acontece que, justamente neste final de semana, a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança está chegando ao fim. Fim de feira, não no sentido que só sobrou a xepa, mas querendo dizer que é agora ou nunca, ou melhor, agora ou ano que vem, porque depois de domingo, Campanha só em janeiro de 2010.
Sendo assim, em vez de indicar filmes, vou indicar teatro. Neste caso, indicação genérica, porque "estou jurado". É, sou um dos jurados de um dos prêmios de artes cênicas de BH, logo, até que tudo aconteça, não posso me manifestar.
Então, aproveite o sábado e o domingo para ainda ver um panorama do que é feito na cidade. Pode acreditar, você vai se surpreender com a qualidade profissional do nosso teatro.
Outra dica: Amanhã de manhã, DÊ GRAÇA, no Parque Municipal, show da cantora Tetê Espindola, que já foi figurinha fácil por aqui, mas agora andava um tempo sumida. 11 da manhã, até troquei meus horários de trabalho porque este eu não perco de jeito nenhum.

sexta-feira, 6 de março de 2009

PÁGINA EM BRANCO

Acompanho religiosamente um colunista do Estado de Minas, o maior jornal daqui de BH. Hoje não vou falar o nome, porque creio que em algum momento farei um tópico sobre ele. A referência aqui é só prá poder copiar o cara, assumidamente.
Ele escreve praticamente todos os dias, folga um. Coluna mais ou menos grande. Por diversas vezes declarou ali mesmo, na coluna do jornal, que não entendia escritores que ficavam em crise diante do papel em branco. Bom, hoje em dia nem papel é mais né, mas enfim, o espaço em branco a ser preenchido com idéias. Daí que saquei a do moço: Sempre que não tem assunto ele escreve sobre o que? Sobre escrever. Vem com o papo do papel em branco, crise, blábláblá e boas laudas vão sendo preenchidas.
No meu compromisso assumido de postar todo dia, tô fazendo feito ele. A diferença são as obrigações. Ele é um profissional e ganha praquilo. Logo, a sua obrigação é obrigação meeeeesssssmo. Já eu sou também um profissional, mas aqui não ganho nada. É, por enquanto... Pretendo ganhar sim, como disse lá trás, no post "Textos de Gaveta"(http://beagaqueeuvejo.blogspot.com/2008/07/textos-de-gaveta.html). Prá isso acho que a meta de escrever todos os dias torna-se uma obrigação. Se a gente quer ganhar, tem que ter leitor, se quer ter leitor, tem que ter o que ler. Simples né?
Então, ontem dei uma divulgada básica no blog. Bem basiquinha mesmo, uns tantos e-mails para uns tantos amigos. Nossa, a coisa deu efeito. Recebi e-mail de três, dois falando que iam ler e um já com comentários. Ah, para né, não vou falar... Tá bom, tá bom, elogiou demais e quer saber? Achei que ele tava certo. Ram ram, modesto eu :-)
Hoje outro me mandou uma mensagem pelo celular, com sugestão de pauta. Olha bem, arrumei um assunto que logo vou falar, porque gostei da idéia dele. Aí de noite dou de cara com uma amiga que fala bem animadinha "Fui no seu blog, adorei!" Gente, eu acredito meeesmo quando o povo fala que adora. Tô errado? Acho que não, porque se eu achasse ruim não fazia né?
É isso. Na verdade eu tinha um outro post prá hoje, mas precisava ter entrado de manhã. Como não tive tempo, perdeu meio o sentido. Fechando o dia e cumprindo metas, taí o assunto chupado do mestre lá do jornal, que sabe como ninguém prender um leitor.

quinta-feira, 5 de março de 2009

BELEZA INTERIOR

Um destes muitos textos com lição de moral que a gente recebe em power point caprichado cheio de paisagens e musiquinha fala do encontro de uns caras com um professor (acho).
Blábláblá, bláblábá, blábláblá, o cara serve um chocolate e distribui uma porrada de xícaras diferentes pros convidados. O povo escolhe as mais bacanas e sobram na mesa as fudidinhas. Na moral lá do sabichão, ele tem um ensinamento com isso, que o chocolate é o mesmo e que as pessoas se prenderam em aparências. É, devem ter outras leituras prá tal história, mas essa é uma delas, creio que a mais amplamente divulgada.
Ahn, tá parecendo um post filosófico? Não é não, essa introdução toda foi só prá falar de xícaras, e em certo sentido, malhar a comparação. Fala sério, nesse caso de onde comer o que, vai me dizer que a embalagem não pesa? Tá bom, um sundae é igual num copinho de plástico ou numa taça, mesmo que seja de vidro? Tomar café no copo lagoinha é a mesma coisa de uma xícara de louça? Um suco numa caneca tem o mesmo gosto e prazer que um suco num copo alto, de vidro bem fininho? E olha, nem tô falando de porcelanas e cristais.
Pois é, comprei esse nescafé só por causa da xícara, que me deu a idéia de um café delicioso. Nem gosto muito de café solúvel, apesar de ser uma grande solução nas horas de aperto, tipo, quando você acorda e descobre que acabou o pó.
Então, com isso tudo, quem sabe o povo do Nescafé não descobre meu blog e resolve me patrocinar? Já pensou?

terça-feira, 3 de março de 2009

ENQUANTO ISSO, UMA HORA NA FILA...

Fui ontem ao Unibanco. Sabe aquele, que fala na TV que nem parece um banco? Pois é, difícil saber com o que então que parece. Entrei As 15h25 na agência e já fui prá minha fila especial. Não, ainda não sou idoso, fui pro tal caixa "Uniclass". Éééééé´, sou chic, tá pensando o que?
Então, nesse chiquê todo lá fiquei eu, uma hora marcada de relógio até ser atendido. Óbvio que a revolta lá dentro tava gritando né. Só prá dar uma idéia, nem a fila separada pros idosos tinha. Mas aqui, isso não é lei? Não é obrigatório? O pobre do caixa fazia um ping-pong. Atendia povo da fila comum, atendia idoso. No meu caixa chic não, o pobrezinho atendia só a gente, só que era muuuuuuuuuuiiiiiiiita gente.
Como o Unibanco é preocupado com o cliente, lá dentro mesmo tem um telefone, com uma placa indicando que é só tirar do gancho prá reclamar. A mulher que estava atrás de mim pegou o fone. Marcamos no relógio. Depois de 10 minutos de musiquinha e da mensagem falando como aquela ligação era importante, finalmente alguém atendeu. Depois de feita a reclamação, momento de comédia. O atendente informa que era prá ela ligar pro 30 horas. Ahn????? Prá que aquele telefone ali? Prá que a placa? Prá que a espera de 10 minutos até alguém atender? Fala sério, isso parece um banco? Não, parece mais o banco da Praça é Nossa.
Consenso entre todas as filas: A reclamação não se referia aos caixas, como quis puxar da boca da cliente o tal atendente-comediante do telefone inútil. Dois caras muito gente boa se desdobrando prá atender.
Chegando em casa, enviei e-mail para o banco, descrevendo a situação caótica vivida. É, tudo aqui tá sendo com nome aos bois. Por que? Ora, ora, porque tenho tudo documentado. Não tenho a hora que entrei na agência, mas tenho o comprovante do atendimento indicando 16h26. Só daí dá prá perceber e provar a demora. Alguém entra no banco depois das 16h? Pois é.
Recebi hoje resposta do e-mail, por enquanto genérica, de apuração, da importância da minha reclamação e blábláblá. Agora vamos ver no que que isso vai dar. Tô apostando que não vai dar em nada, e vc?

segunda-feira, 2 de março de 2009

"ATÉ QUE NEM TANTO ESOTÉRICO ASSIM"

Tem gente que as vezes me acha beato, e se surpreende com isso. É, alternativo-liberal-moderninho, também faço a linha acreditar, agradecer, esperar sempre pelo melhor. E rezo, nunca pedindo, mas agradecendo. Bom, pelo sim e pelo não, também não passo debaixo de escada. Levantar com pé direito não presto atenção, mas tenho outros rituais matutinos.
Todo dia, quando saio de casa, ao atravessar o portão, eu digo: "Hoje é meu dia de sorte". Uma vez, acompanhando um ciclo de palestras que a irmã da minha amiga estava promovendo no consultório de psicologia dela, ouvi de um dos palestrantes uma prática que ele vinha fazendo, segundo ele, com ótimos resultados. Como um mantra, todas as noites ele dizia, ou rezava, "O Senhor é meu pastor, nada me faltará". Peguei prá mim e adaptei. Digo "O Senhor é meu pastor, nada me falta". Sei lá, desde então, acho que vem dando resultados.
Pois é, não vou a missa, nem ao candomblé. Respeito todas as religiões, porque creio que todas, sem exceção, tem a mesma raiz, de fazer o bem, de ter recompensas por boas ações. Isso faz com que, de certa forma, as pessoas se civilizem mais. Nem que seja pelo medo de ir pro inferno. Da mesma forma, encontro em todas características que me impedem de abraçá-las, porque paralelo ao fazer o bem, sempre tem umas manchinhas de intolerância. Ao meu critério, porque nessa hora só posso me basear em mim mesmo, vou separando o chamado joio do trigo.
Então, rezando o terço ou batendo tambor, acho que o importante é fazer o bem e claro, viver bem.

domingo, 1 de março de 2009

PIPOCA NO TEATRO

Eu acho o fim da picada gente que come no cinema. Não sei de onde tiraram essa combinação, que cinema tem que ter pipoca. Agora piorou, tem que ter refrigerante também. Uma vez em um filme no Shopping Cidade, centrão de BH, eu vi a deprimente cena de gente abrindo garrafa PET de dois litros de refri de supermercado. Pode???
Em casa pode até ser, turma de amigos vendo um DVD, rola de comer. Não estou falando que gosto, porque por mim come antes ou depois, não durante o filme. Mas tudo bem, ali tá todo mundo junto, então ninguém incomoda ninguém. Vamo combiná? Não sou eu o implicante, barulhinho de comida dentro do cinema irrita até uma pedra...
Ah tá, não era de cinema que eu ia falar, era de teatro. Com essa loucura das salas liberarem, e até incentivarem o rango lá dentro, o povo cismou que tudo agora tem que ter pipoca, sanduíche, latinha de coca-cola . Se bobear até macarrão a bolonhesa querem comer. Nossa, e vai falar que não pode entrar. Tem gente que arma barraco na hora. Engraçado que sempre associam com sujeira. Claro que também conta. Já viu o estado que fica o cinema depois de cada sessão? Porque também tem isso, parece que metade da comida é jogada pro santo.
Maaaassss, embora higiene pese, não é exatamente este o motivo da proibição de se comer dentro de teatro. Putz, é tudo muito simples, mas quem não quer ver, não vê mesmo.
No cinema a gente vai para assistir sombras. O que tá feito tá feito, você vai ver exatamente o que foi filmado. É, você tá vendo o Brad Pitt, mas ele com certeza naquele momento deve estar cuidando de um dos 50 filhos e não na mesma sala escura que você. Teatro é outra coisa. O cara tá ali em cima do palco, dando duro prá ser alguém que não é ele, vivendo uma vida que não é a dele.
Con-cen-tra-ção. Sabe como é? Aí aquele barulhinho de saquinho de papel, latinha sendo aberta, 10 pessoas mastigando piruá ao mesmo tempo. Deu prá sentir?
Então, antes de brigar com o porteiro, pensa bem no pobre do ator ensaiando meses a fio e suando o figurino debaixo daquele monte de refletor tentando proporcionar reflexão, gargalhadas, enfim, cultura e lazer com um precinho bastante em conta. Pôxa, respeita o cidadão né, é o mínimo que se pede.
Ah, e com certeza a pessoa da poltrona ao lado vai agradecer também :-)