sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

GOSTAR POR GOSTAR

Outro dia no msn minha amiga ficou me pedindo indicações de filmes. Essa é uma das coisas que mais gosto de fazer na minha locadora, indicar. Bom, ela não ia pegar lá, porque mora em outra região. Locadora tem que ser perto de casa ou do serviço né?
Nesse mesmo assunto, teve uma vez que uma cliente disse "Qual filme não vai ser bom para o dono da locadora?". Essa resposta eu tinha na ponta da língua. Na verdade, todos os filmes da loja são bons, porque em um universo enorme de opções, escolho apenas alguns. Então eu disse isso prá ela, e completei: "Agora, se você me perguntar quais os filmes que eu gosto, vou mostrar alguns, e não todos."
É, é sempre meio difícil fazer essa separação, entre o que se gosta e o que é bom. Prá mim é uma coisa clara, afinal, não sou eu o jurado celestial, que defino pelo meu bom gosto o que é bom e o que é ruim.
Voltando na minha amiga, começamos a comentar porque se indicar determinado filme. Atendendo na loja vou pelo perfil do cliente, sondo com ele o que está no clima de ver, e vou enchendo a mão de DVDs. Para um amigo, a coisa muda. Muitas vezes indico pelo simples fato de gostar. Aí ela, que é leitora do blog, me falou para de vez em quando fazer alguma relação de filmes aqui. Disse ainda que assistiria muita coisa só pelo fato de saber que alguém ama aquela obra, independente de justificativas objetivas.
Sendo assim, deixo aqui três filmes que falei prá ela que gosto por gostar. Eles me dão sensações, e sensações nem sempre são explicáveis. Veja aí e me diga se te provocaram sensações também:
- Party Monster
- Correndo com Tesouras
- Factoring Girl
Em comum, todos três falam de personagens reais. Putz, será que tudo aquilo é real mesmo? Que povo mais louco...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

TEATRO E SEMANA DE CINZAS

Minha amiga outro dia me disse que eu tenho que parar de falar que inventei as coisas. Quando exagerado, esse comentário fica com cara de mentira. Um pouquinho depois dela ter falado isso, como estavamos em uma mesa de trabalho, peguei um clips e falei que eu que tinha inventado. Brincadeirinha né?
Bom, mas teatro em BH na semana de cinzas fui eu que inventei sim. Inventei também esse nome, "semana de cinzas", que não pegou. Fácil de entender o conceito, a semana de cinzas era o final de semana que começava na quarta feira de cinzas.
Um pouco de história: Por tradição, a Campanha de Popularização do Teatro, hoje também da Dança, encerrava na semana do carnaval. Daí parava tudo, tinha a quarta feira de cinzas, vinha o final de semana, e só depois eram retomadas temporadas, já sessões normais, fora do evento de popularização.
No início dos anos 90, com produções de sucesso em parceria com a grande atriz Andréia Garavello, tive a idéia de dar prosseguimento aos nossos espetáculos no final de semana pós carnaval, entendendo por final de semana de quinta a domingo. Encontramos boa acolhida a essa idéia no Teatro Alterosa. Nossa, bom-ba-mos! Casa lotada, já no primeiro ano de empreitada. Lógico né, peças de tremendo sucesso e além disso, só a gente em cartaz na cidade.
Como o mundo é dinâmico, não levou tempo nenhum prá outras produções descobrirem o filão da "semana de cinzas" - o nome que não pegou, e logo logo a cidade fervilhava teatro no período.
No mesmo raciocínio da dinâmica, a Campanha de Popularização avançou o sinal do feriado, e passou a acontecer durante o carnaval, e também pós carnaval. Assim, a "semana de cinzas" acabou antes mesmo de emplacar o nome...
Então, se você não aproveitou a Campanha de Popularização, ainda dá tempo. Hoje todo mundo volta para a cena e o evento só encerra dia 8 de março.
Quer saber mais? Acesse a programação, http://www.sinparc.com.br/

Na foto de Jario Delano, duas grandes atrizes, Andréia Garavelo e Neuza Rocha no espetáculo "Fulaninha e Dona Coisa", que dirigi e co-produzi.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

OSCAR NO CAMINHO DAS INDIAS


Postar os resultados do Oscar 2008 aqui seria mais que chover no molhado. Todo mundo já divulgou, comentou... É, hoje em dia tudo acontece em tempo real. Bom, mas dar palpite pode, e deve, porque quem lê o blog (poucos e bons leitores) sentiriam falta do tópico.
"Quem Quer Ser Um Milionário" foi o grande vencedor da noite. Entre prêmios diversos de categorias menos conhecidas, arrebatou também os dois principais, Melhor Filme e Melhor Diretor.
Ainda não assisti, mas achei bem engraçado. Engraçado no sentido interessante, não no de dar risada. O filme se passa na India, a Trilha Sonora, ganhadora do Oscar, assim como a Melhor Canção premiada, são de um cara indiano. Prá completar, o diretor é americano? Não, é inglês... E o roteirista vencedor do Melhor Roteiro Adaptado? Inglês também.
Não é gozado? Não tem cara de concorrer na categoria Melhor Filme Estrangeiro? Tá, ninguém precisa me lembrar que nos últimos anos muitos profissionais que venceram nas suas categorias, entre eles destaques como ator e atriz, não são americanos. Bom, mas quando é o filme, e ainda por cima com 8 estatuetas, chama mais atenção.
Falei bobagem? Falei né? :-)
O melhor da noite, Hugh Jackman de apresentador. Melhor ainda, o número que ele fez em homenagem aos musicais, que voltaram com a corda toda. Quem diria que o Wolverine cantava e dançava tão bem de fraque e cartola...
Foi mal aí, o cara é muuuuuuiiiiito mais que o Wolverine. Hugh Jackman é tudooo!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

DINOSSAUROS E RAPOSAS


Depois de abrigarem a estrela Suzana Vieira metendo o pau no ex-marido-gigolô-falecido, as páginas amarelas da Veja bombaram com outra estrela, desta vez, do meu ponto de vista, mais coerente com a revista.
O senador Jarbas Vasconcelos botou a boca no trombone, para a alegria das pessoas de saco cheio da curriola política, onde a cara de um é o focinho do outro.
Não sou tão ligado a política e nem me sinto apto a críticas mais profundas. Posso falar só do que vejo, leio, ouço. Faço parte da geração jovem universitário esquerdinha dos anos 80, participante de movimentos como Diretas Já, grande parte de nós encantados com o PT, pulando debaixo de chuva em incontáveis comícios na Praça da Estação. Pois é, ganhamos eleições só prá descobrir que pedra e vidraça fazem parte da mesma lógica.
Agora, de repente, surge um defensor da ética e da moral, dinossauro fundador do MDB, mais tarde convertido em PMDB, um entre tantos na dinamica louca de Partidos no Brasil. Que ótimo ler tanta lucidez e coragem na longa entrevista.
Claro, fica uma pergunta, onde estava esse Senador até agora? Há quem diga que sua aparição tem motivo bem concreto: Uma provável vaga de candidato a vice-presidente na chapa José Serra, caso ela vingue.
Ah, tá bom, direito dele, todo mundo pode ser vice de quem quiser. Agora, se essa previsão, ou conjectura se confirmar, não vai ficar um pouco feio prá ele? Tanto tempo prá acusar seus pares e soltar o verbo logo em um momento oportunista?
Pois é, vide o post "CAMBADA. Tomara que os fatos comprovem a existência da tão utilizada expressão "salvo raras exceções".

CAMPANHA DE POPULARIZAÇÃO


Belo Horizonte tem a maior Campanha de Popularização do Teatro e da Dança do Brasil. Ééééé, não é Rio ou São Paulo não, é Beagá mesmo. Deve ser um dos eventos de artes cênicas mais antigos do país, completando 35 anos nesta edição de 2009. Talvez perca em idade somente para o FILO, Festival de Londrina em formato totalmente diferente, que já fez 40 anos.
Bem, a Campanha está na reta final, termina 8 de março. Agora no Carnaval muitos teatros param, ainda assim permanecem várias opções em cartaz.
Um monte de gente reclama das peças repetidas, a imprensa também reclama. O engraçado é que as peças repetidas têm o maior público e a divulgação pela imprensa também é maior para estes espetáculos. Ram ram, coerente demais...
Eu acho que não tem nada demais ter peça repetida, afinal se repete é porque o povo quer ver e, fala sério, a gente vai punir o sucesso?
Por "dever de ofício" tenho ido ao teatro demais nestes dois primeiros meses do ano. "Por dever de ofício" fui muito também durante 2008. Pelo mesmo dever assisti bastante coisa do outro evento, o Verão Arte Contemporânea. Bom este ofício né?
Então, por dever ou por lazer, não vamos perder esta grande mostra do teatro de BH, que nos últimos anos vem acontecendo também no interior de MG. Quer a programação completa? Os livrinhos estão disponíveis nos Postos de Venda - Mercado das Flores, Shopping Cidade e Pátio Savassi. Você que está me lendo é internauta né, aí pode acessar também o site http://www.sinparc.com.br/, tem todas as informações lá.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

NOVELAS... CADA COISA VIU

Outro dia me disseram que já fui noveleiro. Este comentário até está em um post por aí, entre os (poucos) deste blog. Faz um bom tempo que não sou mais. A minha última tentativa foi com "Celebridade", por ser novela do Gilberto Braga, um dos meus autores favoritos. Decepção total, novelinha mal amarrada, uns golpes mais sem sentido, umas estratégias totalmente furadas. Serviu prá dar saudade da boa e velha Maria de Fátima na inesquecível "Vale Tudo".
Pois bem, na função de zapear, me peguei por umas duas vezes vendo alguma coisa da tal "Caminho das Indias". Daí veio a curiosidade: Tem um núcleo de indianos não tem? Eles moram na India, não moram? Dá prá entender que a autora não fez o texto na língua que eles falariam, então obviamente todos falam em portugues. Até aí tudo ótimo. Agora, me explica uma coisa: Por que algumas palavras são faladas em indiano (seja lá que idioma ou dialeto os personagens falam)? Pior, por que alguns personagens falam em português com sotaque?
Ah não né, seria perfeitamente compreensível se fossem indianos conversando em português, daí o sotaque, normal em quem fala uma língua que não é a sua. Mas se ESTÃO na India, teoricamente falando a língua de lá, o que é aquele sotaque?
Fala sério, dá pra ver novela????

domingo, 1 de fevereiro de 2009

CAMBADA

Confesso que nunca entendi porque sempre que alguém fala sobre políticos no Brasil tem que acrescentar "salvo exceções", isso quando ainda não acrescentam "honrosas exceções".
É, tá bom, vamos dizer que elas existam, mas então, por que nunca se dão nomes às tais honrosas? Eu acho que no fundo, ninguém acredita de verdade que tenham estas exceções. Pelo que a gente vê na história recente, basta algum desafeto abrir a boca para aqueles que estavam no pódio da moralidade se unirem a seus pares.
O que acontece é que falar mal de política usando 100% pelo visto é "politicamente incorreto" e até dá prá entender, ninguém quer viver sob o peso de uma ditadura, e muito menos ninguém quer manifestar esse desejo, embora secretamente muitos o tenham, e a gente sabe disso. De vez em quando aparece um maluco falando dos velhos bons tempos... É, levando em conta a máxima de que "quem sabe menos vive melhor", aí não deixam de ter razão.
Enfim, apenas um post desabafo, ou observação, depois de ler tanto durante estes dias os "salvo honrosas exceções". Se você consegue dar o nome de uma delas, por favor, o espaço está aberto.