sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

MOMENTO HISTÓRICO DA TV

bom, eu sei que vai ficando meio ridículo eu me explicando que não vejo BBB, mas que de vez em quando blábláblá... Inegável que televisão tem esse poder, de te pegar e quando você vê tá seguindo aquela novela com trama ridícula, por exemplo. Volto a afirmar, não sigo BBB, porém, se não visse as vezes, perderia momentos grandiosos, como o que eu assisti ontem, sem ter certeza se era realidade ou sonho (pesadelo) fruto de um cochilo no sofá.
Em seu contato diário com os "heróis", recheado de muita abobrinha e pseudo poesia, Pedro Bial consegue protagonizar momentos de puro constrangimento. No meu modesto ponto de vista, ontem ele conseguiu atingir um ponto bem alto, talvez difícil de superar.
Primeiro, colocou na berlinda o tal Serginho, um cara bem novinho, meio andrógino, que caiu no programa graças a fama conquistada na Internet. Fama de Internet você sabe como é né, meia dúzia aqui, 12 ali e vamo que vamo.
Enfim, era aniversário do menino e no meio dos parabéns o apresentador intelectual resolveu  perguntar a cada um da casa se o Serginho era homo ou hetero.
Ahnnnn????  Como assim?????
cada um ia dando a opinião, na maioria das vezes no estilo camarada de livrar o moço do pecado de ser gay.
Foi estranho? É, foi, mas não foi NADA diante do que viria a seguir.
Pedro Bial, um cara que já foi correspondente internacional da Globo, que já cobriu fatos memoráveis da história contemporânea mundial, candidamente perguntou ao garoto:
"Serginho, você é ativo ou passivo?"
É ou não é prá cair da cadeira-poltrona-sofá e até mesmo da cama? Diante da esquivada do brother, que  com elegância e senso de humor tentou sair do assunto, o mestre de cerimônias insistiu na pergunta, repetindo com todas as letras:
"Serginho, você é ativo ou passivo?"
Confesso que não ouvi a resposta, e ela em nada me interessa, assim como acho que em nada interessa a quem esteja buscando entretenimento naquela hora, e muito menos interessa ao Bial, a não ser que ele esteja com intenção de pegar o bofe.
Pois é, eu pensava que estes termos, quando usados na televisão, eram referentes a assuntos de economia ou contabilidade...
Então, falta alguma coisa prá gente ver na TV?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

PAPAI NOEL, COELHINHO DA PASCOA E BBB

De novo, pagando lingua, tô eu aqui falando de Big Brother. Juro que não é mentira quando digo que não gosto do programa e nem assisto. Tá bom, de vez em quando na zapeada, vejo um pedaço ou outro, mas como aquilo é muito irritante saio fora logo. Afinal, vou usar o tempo de lazer na TV prá ter raiva?
Maaaaas, acontece que, internauta compulsivo que sou, fico direto vendo sites, orkut e coisas do genero. Daí não tem mesmo como escapar do assunto, ainda mais quando rola polêmica e muita, mas muuuuiiiita ilusão mesmo. Prá esse post, de quebra, ainda pego carona no tema do filme "Milk", que já andei comentando aqui no blog sob outra perspectiva.
Ahn, mas o que tem "Milk" a ver com BBB? Nesse caso a questão da militância gay.
Olha só, numa dessas edições aí prá tras o "vencedor" do programa foi o assumidissimo de primeira hora Jean Wyllys. Foi o suficiente prá virar um carnaval arco-iris prá todo lado, com o povo bradando que a militância tinha definido o rumo do jogo. Ram ram, como se o cara já não tivesse entrado ali prá ganhar.
Bom, aí chegou a hora da verdade né, o "paredão" da semana contrapondo o personagem homofobico-nazista-truculento e dois da ala colorida. Uai, tá mole né, quem deu a vitória prá um tira fácil o outro. Gente, nem precisa assistir o programa prá saber que é o-be-ve-o que o tal do Dourado não ia sair, do mesmo jeito que é óbvio que ele é a aposta da emissora neste momento do programa.
Resultado, os bravos votantes engoliram a saída da mulher fruta e agora, com toda razão, esperneiam nas comunidades, sites, perfis de orkut, facebook e o escambau. Certíssimo, tem que espernear mesmo e eu também esperneio aqui. Mais ainda do que pelo fato, esperneio pela absurda manipulação que é esse campeão de audiência da platinada, que ainda faz com que a moral já tão combalida do brasileiro tenha que enfrentar "vitórias" como esta.
Enfim, pode todo mundo relaxar, porque o cara não vai ganhar o programa. Por que? Ah, deve ser porque as pessoas vão se conscientizar, a militância vai se unir ainda mais, deve ser por isso... É, pode ser também porque não é esse o papel dele no roteiro do BBB10, quem sabe né?
apostando mais na segunda opção. No mais, é fazer um ninho bem bonitinho pro Coelho da Páscoa deixar muito chocolate prá gente no mês que vem. Tem quem acredite em BBB? Pois é, prefiro acreditar no coelhinho.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

DIPLOMA? PRÁ QUE DIPLOMA?

Eu já tava com um monte de assuntos na fila, esperando sei lá o que para então postar. Mas tem coisas que atropelam a gente, aí vem uma necessidade incontrolável de compartilhar. Foi o que aconteceu agora mesmo, quando dei uma olhadinha no Te Dou Um Dado, blog que já comentei aqui e onde sempre dou uma passada. Lá eles recebem material de divulgação, uma vez que têm foco (debochado) em celebridades, essa nova profissão que muita gente vem abraçando pelo Brasil afora. 
Agora olha só isso aqui e me conta se tem base:

"Quaso venha a interessar,tenho uma nota a ser divulgada.
Hoje no programa “Melhor do Brasil”,da rede record televisão
Geisy arruda da´ra inicio a sua participação no quadro “Vai dar namoro co famosos”,
onde rapazes do Brasil e do mundo faram suas inscrições e mandaram seus videos para
o link abaixo.

http://rederecord.r7.com/vai-dar-namoro/



Geisy arruda procura seu “Principe Encantado”,romantico,brincalhão,há mais não pode ser ciumento…kkk
Quaso acha interesse obrigada…

Acessoria de Imprensa



JENIFER ARRUDA!"

Gente, essa moça rendeu assunto aqui no blog, meio até que em defesa do seu jeito particular - e sem noção - de se vestir. Agora, essa "acessora" e seu jeito particular - e TOTALMENTE sem noção - de escrever tá demais né não? 

* A charge que ilustra eu peguei no google. Estava sem crédito, mas pelo traço acredito ser do Adão Iturrusgarai.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

QUAL É A HORA AGÁ?

Ontem eu assisti "Milk - A Voz da Igualdade". Não sei porque demorei tanto pra ver esse filme. A-do-rei,  pra mim um dos melhores nos últimos tempos. Bom, a história dá muito pano pra manga e obviamente alguns temas são os mais focados e comentados - militância gay e desempenho do Sean Penn na comissão de frente, claro. Maaass, não é disso que quero falar aqui neste post. Estes assuntos ainda serão abordados, acho até que muito, só que em outras oportunidades.
Uma coisa em especial me chamou atenção. Provavelmente não fui só eu a pensar nisso, só que ainda não vi ninguém falando sobre. A vida do cara, o tal do Harvey Milk, durou exatos 8 anos. É, o filme meio que fala isso, algo como "a vida que valeu a pena, então essa é que vamos mostrar". Não estou falando como crítica negativa, mas como um fato bem curioso e que me leva a reflexões sempre tão caras:
Afinal, qual é a hora de começar?
Explicando, pra você que ainda não assistiu. O primeiro momento que o personagem aparece é numa situação paquera, na véspera de completar 40 anos. A virada pros enta seria à meia noite daquele dia. De quebra, ele conhece ali aquele que se tornaria seu companheiro de vida. Então, já juntinhos na vibe de namoro, Milk revela ser um cara "no armário", um vendedor de seguros que temia por emprego, família, amigos e blablabla. Aí o lindão do namorado (James Franco) fala que talvez estivesse na hora dele pensar numa mudança, que em resumo seria a saída do armário. Dali, direto pro Castro, Milk começa a virar Milk, o militante, que em apenas oito anos promoveu uma mudança tal que justificou seu nome encravado na história política contemporânea e a motivação pra uma produção cinematográfica que, de quebra, rendeu um Oscar para o seu interprete.
Deu pra ti? À meia noite ele declara completar 40 anos sem ter feito nada na vida. Em oito anos, oitoanos, tudo muda.
Claro, a trajetória dele provavelmente teria mais conquistas, mais vitórias (ou não), caso não tivesse sido assassinado tão moço. Mas vê bem, o legal também é que ele não começou aos 15, ou 17. O cara viveu até os 40 anos sem ser ninguém, só a partir dali que despontou. Tá, tem muita gente que acontece isso, só ser reconhecido mais tarde. Mas, na maioria das vezes, são pessoas que já vinham batalhando por algo até o momento de serem descobertas, ou de colher o que vinham plantando. Ele não, sua primeira sementinha foi assim, meia idade mesmo.
De certa forma, lá nos idos de 70, ele foi o precursor do que a gente vê muito hoje em dia, o gay profissional. Aquela pessoa que junta os limões e faz uma bela limonada, ou na maioria dos casos, uma boa duma caipirinha. Enquanto uns choramingam sua exclusão, sua vida sofrida de discriminados, outros fazem disso um trampo. Sem juízo de valor, plis, mas é fato que muito artista-jornalista-apresentador-escritor-participante-de-reality-show-político vem fazendo seu filme é com a visibilidade da porta do armário arrombada.
Enfim, o assunto descambou um pouco, mas a conclusão é que se você não fez aos 30, calma, ainda vem os 40. Se também já passou essa fase, é bom lembrar que se Milk começou aos 40, isso nos anos 70, agora no século 21 os 60 são os novos 40.
Então, a hora pode ser agora, ou, quem sabe, no seu próximo aniversário.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

CUMPRINDO AGENDA

Tem um cliente aqui da loja que é aposentado. Gente que vem muito às vezes se torna meio amiga e alguns papos rendem. Esse cara é o seguinte, nunca tem tempo prá nada. Isso já virou até uma brincadeira, porque afinal de contas ele é aposentado, e se não bastasse, levanta sempre às 5 da manhã. Bom, no mesmo tema, outro dia ele me contou que encontrou com um amigo, que também tinha se aposentado, porém sem parar de trabalhar. Só agora tinha resolvido encerrar tudo e estava oficialmente atoa. Sabe o que o novo folgado falou prá ele? Que desde então não tinha tempo mais prá nada. Não conseguia ler os livros que tinha selecionado, não via os filmes que queria e nem mesmo conseguia dormir depois do almoço, sonho dele dos tempos de trabalhador.
Pois é, eu mesmo tava com este post engatilhado há um tempão.
Tudo isso prá dizer que agenda acaba fazendo falta. De-tes-to compromisso, seja ele qual for. Não gosto de nada programado e acho péssimo ter hora marcada prá isso ou aquilo. Inúmeras vezes já me peguei sonhando com uma rotina, pensando que a vida levada assim é melhor e menos angustiante, no sentido daquelas ansiedades não-sei-do-que, que fazem a gente levar uns sustos sem mais nem menos, parecendo que esqueceu o ferro ligado em cima da sua camisa boa, a de sair.
Então. Talvez o ideal seja tentar encontrar um meio termo, o que é bem complicadinho prá gente assim, como eu. Por outro lado, o senso prático faz com que a falta de compromisso torne a gente quase que inoperante. Olha só, sem prazo de entregar, sem necessidade/obrigação de fazer, meio difícil sair do lugar né não?
Outro dia vi um programa de TV, no canal Brasil, daqueles que entrevistam sem aparecer o entrevistador. Sabe aqueles programas que o entrevistado fala prá ninguém? Nesse o falante era um jornalista, Joaquim Ferreira dos Santos, e ele tava dizendo justamente isso, que nunca tinha escrito uma linha sequer que não fosse pautada. E citou Tom Jobim como autor da frase "a encomenda é a maior musa inspiradora". Se é do Jobim não sei, tá muito na moda dar autorias, vejo isso como vício de internet, que ao mesmo tempo que se apropria de tudo sem créditos vive dando créditos imaginários e aleatórios.
Enfim, cobertos de razão, o jornalista e o maestro compositor (ou quem quer que tenha dito a frase). Fazer na hora que der siginifica mais ou menos não fazer, empurrar com a barriga. Isso não é só trabalho, quantas vezes levo filme prá casa, com tempo de sobra de ver, e ele volta dentro do estojo, do mesmo jeito que foi...
Ando muito a fim de dar um up na carreira de escritor, e tenho outro livro na ponta da língua. Será que alguém aí não conhece uma editora que me mande escrever, e me dê um prazo de entrega? Heim?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

É BOM TER EM QUEM VOTAR

Na mesma proporção que tenho nojo de política, sou politiqueiro. Fácil de entender pra quem acompanha política no Brasil né? Difícil mesmo é conseguir não ter nojo.
Então, eleições sempre me mobilizaram. Adoro acompanhar o noticiário, o vai e vem dos candidatos, até mesmo a sujeira. Como bem disse um comentarista (chato) de TV outro dia, eles agora conseguiram o feito maior, desmoralizar o escândalo. Pois é, é tanto absurdo um atrás do outro, vindo de todos os lados, que o povo foi ficando anestesiado. Ninguém fica chocado com coisas que beiram o ridículo, como esconder dinheiro em meias, quando durante tantos anos acompanhamos dinheiro em cuecas e gente pagando conta de TV a cabo e aproveitando a viagem pra sacar 50 mil.
Bom, voltando no lado politiqueiro, tomei muita chuva em comício do Lula. É, todo comício que o Lula fazia em BH, por incrível que pareça, era debaixo de chuva. Era muito bom ver o jeitão dele no palanque lembra? Aqueeeeeeeeeela época que ele falava mal do Sarney, do Collor... Daí a gente cantava Lula-lá, pregava adesivo na janela e se emocionava com o finado Jessé entoando o hino da campanha. Bons tempos heim? Aqueles em que a gente perdia eleição... Depois ganhamos duas vezes, porque confesso que continuei votando no Lula. Mas aí já era só o menos pior mesmo. Arrepio? Nunca mais.
Ah tá, lembrei. Também fiz trabalho de teatro pregando cidadania. No calor ali do palco a gente mostrava pra meninada de 16 anos e talz como era importante votar. Pensar que com o passar dos anos eu não conseguiria convencer nem a mim mesmo, porque já tem um bom tempinho que acho votar é meio que perder tempo e jogar nossa opinião no lixo.
Enfim, tudo isso pra dizer que o arrepio voltou. Ma-ri-na Presidente! Tá, eu sei que mais uma vez vou perder eleição. Claro que é praticamente impossível a vitória dessa mulher que levita sobre a bandalheira da política nacional. Já ouvi gente falando que votar na Marina é colocar o Serra no poder.
E DAÍ???
Pra mim tanto faz qualquer um dos dois zumbis mais cotados. Vou continuar sentindo a mesma vergonha e nojo seja um ou o outro. Que bom que a farinha do mesmo saco nos dá essa chance, de não precisarmos ser pragmáticos.
Gente, sabe o que?
EU TENHO EM QUEM VOTAR.
Vou votar na Marina, e feliz!  :-)