sexta-feira, 26 de novembro de 2010

NATURALMENTE NATURAL

Pois é, no último post eu falei que ia virar o disco, acontece que encontrei esse vídeo tãããããooo legal num blog meu amigo, que não resisti. Olha só como em 30 segundos essas velhinhas dizem tudo o que a gente vem escrevendo em páginas e mais páginas...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

PALAVRAS CRUZADAS

bom, vou ter que concordar. Este blog não anda falando de tudo, tá mais pra um sambinha de uma nota só. Depois do longo período com ênfase nas eleições, agora toda hora tem assunto gay. É, mas fazer o que, a gente tenta ser atual, e a coisa tá pegando fogo nos últimos dias. Talvez com este post eu consiga não fechar o ciclo, que isso seria impossível, mas pelo menos depois dar uma espairecida e voltar realmente a falar de tudo, mesmo sendo este um blog sobre nada.
Então, toda hora tem alguém pontuando umas coisas loucas sobre ditadura gay, heterofobia e  idéias malucas que uma lei contra a homofobia viria a criar super cidadãos com privilégios especiais. Estranho como cada um vê o que quer né? Certo, certo, alguém pode argumentar que eu também vejo o que quero, mas tento sempre argumentar e de forma alguma desqualifico pensamentos diferentes dos meus, ou aquilo que cada um tá querendo ver, desde que também venha acompanhado de argumentos. Acontece que o mais estranho nisso tudo é existir a discussão e mais, a necessidade de uma lei. Sim, porque infelizmente ela é necessária, para garantir que "aos heteros, seus direitos, nada menos e aos homo seus direitos, nada mais" (frase que li e achei bacana demais, sintetizando que a busca é somente pela igualdade). O estranho de haver a discussão é porque heteros e homos são exatamente iguais, a única diferença é a preferência por amar-transar com gente de sexo diferente ou de sexo igual, o que no final das contas só deveria interessar a quem está transando. Mas enfim, como o ser humano é realmente complexo, isso vira um cavalo de batalha e criam-se situações bizarras, como gays precisando contar aos pais como escolhem seus parceiros sexuais ou ocultando isso nas rodas de cafezinho. Realmente um mundo bizarro onde a sexualidade define a pessoa, até mesmo como referência. Isso no caso gay, lógico, porque com certeza você nunca ouviu alguém dizer tá vendo aquele hetero lá? Heteros são médico, advogado, lixeiro. Homos são médico-gay, advogado-gay, lixeiro-gay.
Enfim, pra encerrar o post, o que está acontecendo no momento é que gays são os novos negros. É, toda a confusão vem na esteira da visibilidade. Negros nunca puderam disfarçar que eram negros, e daí vem o seu maior número de conquistas enquanto grupo discriminado. Porque a opção é uma só, enfrentar ou enfrentar, e ninguém quer ser tratado eternamente como cidadão de segunda em direitos, principalmente tendo os mesmos deveres que os da primeira classe. Como nem tudo são flores, e os negros que o digam, essa visibilidade pode causar estranhamento, reações e desconforto, mas é a única forma de buscar igualdade. Quando todo mundo souber que tem gay em casa, vai entender melhor o gay da rua.
Fechando a história, fica uma dica. Sempre que você achar que há exagero em alguma situação envolvendo homofobia, faça uma troca de palavras. Onde estava bicha, coloque negro, onde lia-se viado, coloque macaco. Se deu aí aquele ar de racismo que pode até te levar pra prisão, tá confirmado, a situação era mesmo de homofobia.
Pra amenizar um pouquinho o tom sério da coisa, fica esse videozinho super legal da comediante Wanda Sykes, que além de negra, é lésbica.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

QUE BEIJINHO DOCE

Entre besteiras faladas por reitor de Universidade, jovem baleado e outros agredidos com lâmpadas fluorescentes na rua, estamos com uma semana agitada no campo da homofobia, aquela coisa que não existe e que, portanto, não precisa de nenhuma lei contra ela, dado o risco de se criar uma cidadania especial para estes privilegiados.
Paralelo a isso tudo, aconteceu outra coisinha, e é pra ela que eu quero chamar atenção neste post. Antes de falar o que é, ressalto que a aprovação de uma lei torna-se cada vez mais urgente e necessária, porém mais necessária e eficaz ainda é a batalha por uma nova consciência moral. Sim, porque não existe lei no mundo que possa regulamentar uma sociedade com moral retrograda e discriminatória.
Vamos ao fato. Você deve ter lido por aí a história do garoto de 18 anos que foi preso em um shopping por beijar um outro menino, este menor de idade, com 13 anos. Preso aqui quer dizer preso mesmo, não só enxotado do local, como de hábito os seguranças costumam fazer nestes casos home com home. O carinha foi indiciado pelo chamado estupro de vulnerável, porque mesmo o menor afirmando ter consentido o beijo, o fato de ter menos de 14 anos faz com que ele não tenha como responder por seus próprios atos.
Enfim, a história foi essa. Onde eu quero chegar com isso? Bom, tenho nojo de pedofilia, até já teve post aqui sobre isso. Abuso de criança e velho é mesmo o fim da picada. Boa oportunidade também pra lembrar que pedofilia é uma coisa, homossexualidade outra. É, pode ser meio estranho eu tá falando isso, mas por incrível que pareça tem muita gente que associa uma coisa com a outra. Um pouco eu acho até que é porque os casos de pedófilos mais badalados envolvem padres, e quase sempre eles quebram o pau é com minino home mesmo né? Pois bem, na complexidade dessa pegação inter-idades, tem muito detalhe técnico, e por isso esse caso não configura pedofilia, que só rola quando o menor tem menos de 12 anos. Tá bom, concordo, já tô divagando demais. Então, direto ao ponto:
Não, eu não acho que o menino de 18 anos foi injustiçado, se existe a lei, e ele tava infringindo, certo que sofresse as consequências. Agora, onde entra aquilo láááá de cima, sobre moral? Simples. Quantas vezes você já viu carinha de 18 anos ou mais pegando menininha? É, cinema, praça de alimentação, corredor, qualquer lugar de shopping. Ou nos shoppings a gente só vê casal hetero da mesma idade? E fora de shopping? Você nunca viu garoto mais velho dando uns malhos em menina menor de idade? Pois é, agora me fala, quantos deles foram presos? Quantos foram, no mínimo, advertidos pela segurança de onde quer que fosse?
Então, é isso. Não há lei que dê jeito enquanto casos iguais não forem tratados de forma igual. Se o problema é a diferença de idade, dentro dos parâmetros previstos em lei, que se prenda todo mundo, independente de orientação sexual. Me fala, vai ter cadeia pra esse povo todo? Acho que não né? 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

QUE QUE EU FALEI?

Olha só, não tem horas que a gente tem vontade de ficar dizendo não te falei, não te falei? Pois é, geralmente é meio chato e meio chutar cachorro morto, porque quase sempre se refere a avisarmos alguém de alguma coisa, a pessoa se recusar a escutar e logo lá na frente quebrar a cara. É, não é legal fazer isso não, melhor fingir que não falou nada e ser solidário com a queda do outro, ainda que por dentro você sinta o gostinho da vitória, aquela coisa boa de confirmar que tinha razão.
Bom, no caso aqui não tem grandes problemas, porque não se trata de situação pessoal nenhuma. O comentário é em cima da tal saídinha de banco, o golpe praticado pra roubar quem tá saindo, obviamente, do banco. Em maio desse ano teve muito blablablá em cima disso aqui em BH, por conta de umas tragédias, até com morte, em consequência dessa modalidade de pilantragem.
Então, na época, vieram com o papo de proibir uso de celular dentro das agências e outra providências meio sem sentido (na minha opinião), pra tentar diminuir a frequência, que tava demais. Palpiteiro que sou, falei sobre isso aqui no blog, mais precisamente em 06 de maio, fazendo diversas ponderações. Não vou encher o saco de ninguém e esticar o post escrevendo tudo de novo. Quem tiver curiosidade dá uma passadinha lá. Adianto que vale a pena, sem nenhuma pretensão, julgando apenas que se você lê o blog (tá lendo aqui agora né) deve gostar, ainda que mais ou menos, e este post foi legal.
prá concluir o não te falei, não te falei?, essa semana prenderam a tesoureira de uma agência onde a aplicação da tal saídinha era constante. Por que? Pela cumplicidade com a quadrilha que agia lá na porta. Viu só? Ah, pra entender melhor, vai lá no dia 06 de maio e lê vai. Por favor...  :-)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

NINGUÉM É OBRIGADO

Você já pensou em ser Presidente do Brasil? A burocrata de carreira Dilma nunca tinha pensado, até uns dois anos atrás. Não tô falando nenhuma novidade. É só imaginar uma pessoa de 62 anos que nunca concorreu numa eleição, nem que fosse pra vereadora. Mais, essa pessoa esteve praticamente toda a vida profissional ligada ao serviço público, ocupando cargos por indicação, o que de certa forma aproxima da política e políticos, com sério risco de contrair o vírus eleitoreiro. Pensa bem, passava pela cabeça dessa pessoa um dia na vida concorrer, na primeira eleição, prá Presidente? 
Pois é, essa foi uma das minhas encucações nesse processo todo: Quais as razões por trás de se inventar, a tal grau de invencionice, uma candidata? Enfim, venceu, por voto, o que é importante, e é mais que legitima. Agora esperar os resultados nesses próximos quatro anos que virão.
É, ninguém é obrigado. Ninguém é obrigado a votar. Esse papo de voto obrigatório torna-se uma grande piada quando mais de 20%, vinteporcento das pessoas, resolvem que não vão votar, e não votam. Em números de milhões, são 29.197.152. Já imaginou que tantão de gente é isso? A Presidente se elegeu com 55.752.529, ou seja, menos que o dobro de eleitores que simplesmente resolveram não dar as caras no voto obrigatório.
certo, eu falei que não votar é votar. Mas lembra que falei isso sobre voto nulo? Então, a diferença é total. Quando você anula um voto, você votou, manifestou sua opinião, disse que nenhuma das propostas atendia seus anseios ou expectativas. Já quando você se abstem, não dá recado nenhum, a não ser o recado que resolveu curtir o feriado. Parece que tô malhando? Não tô, nada contra, eu acho que antes de ser um dever, o voto é um direito. E exerce esse direito quem quer.
Aqui, mas vamos parar de falar em voto obrigatório? Obrigatório pra quem? Não basta ter um título de eleitor que não serve pra votar? Pra que mais piada gente?