segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FOGO SOLTO NO CAOS

Pois é, mais um ano terminando aí venho aqui, depois de tempos sem postar nada. Bom, pensando bem, em vista do que foi este blog em 2012, até que nem tem tanto tempo assim, afinal escrevi em novembro. Ano que vem caminhamos para o "ano 6", então, quem sabe né?

O objetivo de hoje é deixar mensagem de feliz ano novo. Primeiro pensei que era algo que eu sempre tinha feito, depois vi que não. Em 2008 não teve, depois em 2009, postei já em janeiro de 2010 e 2010 entrou direitinho, no dia 31 de dezembro. 2011 pulei. Enfim, um rolo, mas 2012 vai.

Mantendo a tradição - tá, 3 anos nessa confusão não são exatamente uma tradição, mas vamos dizer que sim - queria algo que expressasse os votos de felicidade e esperança, isso sim, uma tradição. Nada me vinha à cabeça (embora eu também não estivesse me esforçando tanto) quando, do nada, hoje de manhã ouvi essa música no rádio. Realmente, senti que ela poderia transmitir o que eu estava pensando, e até me emocionei ouvindo.

O resto foi fácil, garimpar vídeo do youtube e escrever o textinho. Legal que este ano vamos de "prata da casa", não só brasileiro, como também mineiro: O Grupo 14 Bis.

Selecionei dois vídeos.

Um da  banda tocando, mais atual, claramente perceptível pelas marcas que os anos deixaram nos rapazes. Muito legal, uma apresentação ao vivo.

O segundo coloquei mais porque achei bem engraçada a locução. Olha só, produção tosca do Fantástico, que na época, 1981, devia ser o máximo. E o mais legal o cara narrando: "O conjunto é o 14 Bis". Gente, quem ainda fala "conjunto"...   :)

Então é isso, "A harmonia será terra, a dissonância será bela", são os votos daqui do Beagá Que Eu Vejo para todos nós em 2013.




quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ONTEM FOI DIA DE DERMATOLOGISTA BEBÊ

Primeiro, será que deu pra sentir que o título seria HOJE FOI DIA...? 
Pois é, este era o título mesmo. Mas, procrastinação, blablabla, virou ontem. E procrastinação das grossas viu, porque o plano era fazer o que realmente vou fazer: Reproduzir aqui o  "Questão de Pele", naquele velho esqueminha de subir post, lembra?
A atualização tem dois motivos. Truque pra renovar o blog, que anda parado demais, e citar o nome da dermatologista já falada lá trás. Então, ontem contei pra ela de ter falado sobre as consultas aqui, frisando não ter citado nomes, a não ser que ela autorizasse. 
Autorizou, digo, Alba Valéria. Atende ali, no Barro Preto. Informação pra quem é de BH, lógico. Podem continuar perguntando por e-mail e no facebook que indico. Sou bem chato pra indicar qualquer coisa, porque me sinto responsável. Mas no caso dela vou tranquilo, e sei que já teve gente indo lá.
Então é isso, vou colar o anterior aqui. 
Se dessa vez teve amostrinha grátis? 'Divinha...  :)

QUESTÃO DE PELE

Eu adoro ir na minha dermatologista, e hoje foi dia. Adoro por vários motivos. Um é que a gente não espera um minuto, vai chegando e sendo atendido. Hoje nem sentei na sala de espera, cheguei e fui entrando. Tá, eu sempre me atraso, talvez por isso não espere. Hoje, por exemplo, atrasei uns 20, ou 25 minutos, sei lá...
Outro motivo é que ela é lin-da! A pessoa certa na profissão certa. Uma pele de seda, mas daquelas peles naturais, não dessas que muita gente que lida na área tem, uma coisa meio brilhante. A dela não, é um veludo mesmo. Tem um pouquinho de olheiras, mas que ficam super bem no conjunto da obra. Ah, também é simpática, desses médicos que conversam, sorriem e até aceitam umas brincadeirinhas sem ficar olhando pra nossa cara com ar de paisagem.
Mais um motivo: Ela me dá milhões de amostras grátis. Amo sair de lá carregado de frasquinhos miúdos e bonitinhos. Sempre, junto com a receita, vem a amostra. Logo, economizo na farmácia. O que é ótimo né, porque produtos de dermatologista custam os olhos da cara.
Hoje fui por causa de uma "feridinha" que insiste em aparecer debaixo do meu olho direito. Começou no ano passado, tratei com essa médica mesmo e foi bom. Mas o problema é que sempre volta. Aí, se uso a pomada que ela tinha me receitado, e dado, some. Um tempo depois, já começam as casquinhas, o ponto vermelho e tal. Dessa vez ela mudou o tratamento e, claro, me deu os remédios.
Outra coisa é que minha careca de máquina zero produz umas asperezas não visíveis, só perceptíveis ao toque. Se vou deixando, começam a aparecer, primeiro vermelhas, depois semelhantes a uns arranhões. Coisa de sol. Mesmo usando boné constantemente, o troço volta. Daí precisa queimar com frio. Isso mesmo, usam nitrogênio a menos 200 graus, acho impressionante. Na verdade, é uma coisa bem simples, feita ali mesmo, sentado na frente da mesa dela. Hoje inovou, só haviam uns poucos pontos sensíveis ao toque e ela queimou com um ácido. Pelo menos foi o que disse. Passou o troço com um cotonete, deu uma ardida e pronto.
Bom, como eu ia só lá, nem precisava de bolsa. Maaasss, já imaginando a feirinha que poderia fazer, dei uma esvaziada básica na que eu tô usando, pra não precisar carregar peso, e levei. Feliz providência...
No final da consulta, já com as caixas dos remédios, perguntei: 
Posso ser cara de pau?
Ela, muito legal e muito linda, respondeu que sim.
Então perguntei se não tinham umas amostras de protetor solar. Já viu né, isso pra mim é ouro, independente de poesias recitadas por apresentadores de TV. Menino, ela encheu a mão, e eu enchi a bolsa. Tão bunitinhas as bisnaguinhas que ela me deu...
Amei refazer o estoque.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

MAIS TRABALHO

Sou fascinado pelo tema "trabalho", o que não significa que eu goste tanto de trabalhar. 
É, como já disse em outros posts, a única coisa que a gente ganha pra fazer é trabalhar. Para todo o resto, a gente precisa é pagar. Isso deve ter algum significado né?
Então, este é um tema inesgotável pra mim. Adoro publicações sobre o assunto, assino revistas de negócios e amo ler biografias das pessoas empreendedoras. Com parentes e amigos, trabalho é meu assunto recorrente. De certa forma, mal sei falar de outra coisa, até porque nunca soube separar muito direitinho viver de trabalhar. Sabe aquele esquema, vai viver depois que bate o cartão? Pois é, nunca soube fazer, e nunca também bati cartão, aliás.
Tudo o que eu queria falar agora, encontrei em um vídeo, que vi compartilhado no facebook. Entre outras coisas ele é bastante "entusiasmante", tanto que me entusiasmou a postar novamente aqui no blog que, como quem lê sabe, anda bem paradinho.
Claro que o fato do post já estar mais ou menos pronto, e editado em vídeo, contribuiu, porque assim nem deu muito trabalho.  :)
Assiste, são 10 minutos. Concordo que em tempo de Internet isso é praticamente um longa metragem. Mas pode confiar, vai valer a pena.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A VIDA É TRABALHO (?)

Este vai ser um post do contra, porque vai na direção inversa do que se prega, aliás, inversa até mesmo do que eu as vezes falo, e efetivamente pratico. Pode ser até que alguém se lembre que este título é repetido. Já foi usado, sem a interrogação, aqui mesmo no blog.
É o seguinte, cheguei à conclusão (e posso mudar de ideia, claro) que as pessoas que não amam seus trabalhos vivem melhor. É, isso mesmo, o pessoal que arrasta correntes diariamente, preocupado em somente garantir a sobrevivência, acaba sendo mais feliz e tendo vidas mais animadas no conjunto da obra.
Por mera observação, nada científico, me parece que são estas pessoas que mais frequentam eventos, desde os promovidos na rua até cinema, teatro ou balada. São elas também que mais viajam. Enfim, são pessoas que aproveitam ao máximo suas horas de folga, porque valorizam demais estas oportunidades e ali aproveitam para esquecer o suplício que é o trabalho diário.
Quem faz o que gosta, mesmo tendo momentos de tédio e chatice, porque nenhum trabalho é bom o tempo todo, acaba misturando as estações. Não separa bem hora de trabalhar e hora de folga porque, diferente daqueles cujas atividades representam somente a possibilidade de pagar as contas, não consideram que trabalhar = sofrer. Com isso, não têm aquela disposição, uma quase aflição, em aproveitar o tempo livre. 
Conheço muita gente assim. Depois de batido o cartão, pernas pra que te quero, precisa rolar um happy hour, até porque as últimas hours foram sad. Final de semana então, nem fale, a programação é intensa. Feriado na cidade? Nem pensar, precisa pegar uma estradinha, ainda que seja pra uma cachoeira nas proximidades.
Será que estou sendo ingrato? Será que estou cuspindo no prato que sempre comi, por ter conseguido, a vida toda, trabalhar naquilo que eu queria? Pode até ser, mas o fato é que tenho me sentido muito incapaz de curtir os momentos de ócio, que, no meu caso, nem tão poucos são. É, culpar os outros, ou as conjunturas, é sempre mais fácil. 
Essa luz me veio ontem. Acho que vai dar pra entender porque este é o tipo de luz que só viria mesmo em um final de semana ou feriado. Ainda que eu mude de ideia, quem sabe até antes mesmo de finalizar o post, fica aqui, para registro.

domingo, 22 de julho de 2012

OS BEM COMPORTADOS

Existe um segmento no universo gay, ou talvez mais de um segmento, uma vez que este grupo é bastante segmentado, que busca a "aceitação" como prêmio pelo bom comportamento. Então tudo prejudica estas pessoas, por danos de imagem. A bicha pintosa, as travestis, os que dançam descamisados na buatch, aquele povo que só pensa em pegação, enfim, todo mundo que, de alguma maneira, possa parecer agressivo frente aos heterossexuais, suas famílias, religiões e normas. 
Naturalmente, estes segmentos também são contra, e descem o malho, nas Paradas Gays LGBT que rolam pelo mundo afora. Entre outras coisas, tacham de despolitizadas (ham-ham, quem não consegue diferenciar respeito de aceitação é bem politizado), de micaretas, de meras oportunidades pra beijar na boca, de show de drag e por aí vai.
Acho que fui a todas as Paradas de BH, ou se perdi no máximo foram uma ou duas. Afirmo, sem medo de errar, que as Paradas, todas, não só as de Belo Horizonte, são politizadas. Não fosse por mais um monte de coisas, só a sua realização já é um ato político.
Na Parada tem trava? Tem sim senhor! Na Parada tem pegação? Tem sim senhor! Na Parada tem trio elétrico? Tem sim senhor. E o gay, o que é? É um cidadão como outro qualquer, cuja única diferença é amar, ou transar, com alguém do mesmo sexo.
Por que então ser tratado como cidadão de segunda categoria? Pior, por que ser tratado como ser humano de quinta categoria? Seria realmente muito bom que não fosse preciso fazer parada nenhuma. Seria muito bom que todos pudessem ser iguais em suas diferenças. Bom seria também se todos entendessem que ninguém precisa de aceitação. O que se pede, ou pelo menos deveria ser pedido exigido, por todos, é respeito. Enquanto alguns não entenderem o que essa mudança de exigência significa, vão continuar com suas críticas vazias, fomentando o preconceito dentro do preconceito.
disse outras vezes, mas acho sempre bom repetir. Não se pode pregar um jeito certo de ser gay, em oposição ao jeito errado de ser. A palavra de ordem "diversidade" precisa contemplar exatamente isso, a diversidade. Cada um tem o direito de ser como é, do jeito que se sentir bem, desde que não prejudique o outro.
Estas correntes costumam dizer: Pra ser gay, não precisa ter voz fina. Precisar não precisa, mas se tiver, ou quiser ter, não é problema seu. Pra ser lésbica não precisa se masculinizar. Precisa? Não, não precisa. Mas se a moça quiser ter pinta de macho, no que isso afeta o outro? Constatar que a diferença existe, até mesmo colocar apelidinhos diferenciando uns dos outros, é uma coisa. Pregar contra, aí não, aí já é fazer o jogo do homofóbico.
Meninos bem comportados, façam seus esqueminhas de aceitação. Abaixem as suas cabeças e façam tudo o que seu mestre mandar. Agora, deixem o pessoal ferver nas Paradas, na noite, tirar suas camisas ao som de música eletrônica, vestir de mulher, dar muita pinta nos palcos. Numa sociedade heteronormativa, o próprio fato de ser gay já é uma transgressão. Talvez um dia, além de aceitos, vocês se descubram também respeitados. Aí não vai ser preciso nem agradecer. Cada um que batalhou por isso já vai se sentir bastante recompensado por poder levar a vida com a dignidade que merece.

* A foto foi pescada no Portal R7, com crédito para o jornal Hoje em Dia.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

ORGULHO E PRECONCEITO

Pois é, blog parado e agora post repetido. 
Alguém aí deve lembrar de uma época que fiz isso, andei subindo uns posts mais velhos pra "aproveitar" leitores novos. É, porque ninguém que entra aqui vai ficar rolando a página e muito menos mudando de uma pra outra. Claro que, como tudo mais nesse blog, foi uma fase e depois parou.
Hoje estou repostando um texto de 2010, pra falar da Parada do Orgulho Gay, ou seja lá que nome tenha, seguido da sigla LGBT. Vou repetir porque acho que ficou bom e, pra falar a verdade, não tem muito a acrescentar, mesmo passados 2 anos.
Então, vamos lá. O objetivo é lembrar que domingo tem a Parada de novo. Vamos?






Eu acho que tem muita confusão em torno dessa idéia de orgulho. Pra mim deveria ser uma referência somente daquilo que a gente tem participação direta. Exemplo prático: Gisele Bündchen não tem porque ser orgulhosa de sua beleza, mas tem tudo a ver o orgulho do que fez com esse atributo natural. Outro: Orgulho de ser brasileiro... Ahn? Nem orgulho e nem vergonha. Por que ter nascido aleatoriamente numa parte do mundo seria motivo pra qualquer uma das duas opções? Orgulho da família... Bom, esse até cola, porque a pessoa pode se sentir orgulhosa da forma como encaminhou esse setor da sua vida, ainda que muito deste caminho tenha sido feito por eventos aleatórios.
Bom, orgulho gay. Outro meio sem pé nem cabeça. Ninguém escolhe ser gay e não faz qualquer esforço pessoal para determinar sua sexualidade. Não há mérito, e da mesma forma não há demérito. Ser gay é mais ou menos como ser brasileiro, muita gente se pudesse ter escolhido não seria nenhum dos dois.
Então, isso tudo pra falar de uma coisa muito legal que acontece mundo afora, e que hoje domingo rola em BH, a Parada do Orgulho Gay. Claro, já deu pra perceber que na minha opinião o nome é meio equivocado, o que não tira a importância do evento. 
Para os idiotinhas que contrapõe com a não existência de Parada do Orgulho Hetero, além de lamentar a sua burrice, a gente só pode lembrar que ninguém é hetero. Heteros são médicos, pedreiros, advogados, lixeiros, gordos, altos, ladrões, de olhos verdes, carecas, mancos, lindos... Qualquer coisa, menos heteros. Com gays também deveria ser assim, mas não é. A parte gay sobrepõe todas as outras e também o todo.  Sentiu a diferença? Daí a necessidade de ações deste tipo.
O mais importante desta marcha colorida pela cidade deveria ser a visibilidade. Parada da Visibilidade Gay. É, Harvey Milk, como a gente aprendeu no filme sobre ele, dizia da importância da visibilidade. Sempre pensei assim também, por um raciocínio super simples. Todo preconceito vem do desconhecimento, e não há uma só pessoa no mundo inteiro que não tenha convivência com gays. O que acontece é que muitas dessas pessoas nem sonham que se relacionam com rapazes e moças alegres bem mais do que pensam. Toda família tem um filho, um primo, um sobrinho, um tio, até mesmo um pai ou uma mãe gay. As vezes na verdade a tropa toda - filho-tio-sobrinho-irmão e o escambau. Como nem todo gay usa maquiagem e nem toda sapata calça social e cinto de curvim, acaba que tudo passa despercebido e assim as pessoas podem ter preconceito contra aquele povo distante. Numa comparação meio esdrúxula, o que interfere mais na consciência, um conhecido ou mil estranhos numa estatística? De novo, coisa simples, você vai dar mais atenção à dengue quando morrer um filho seu do que enquanto ler que morreram 500 no Brasil.
É isso, Parada da Visibilidade Gay, pra mostrar que "esse povo" está mais presente do que você imagina. Lógico, 3 milhões na Parada de São Paulo não significam nada diante da descoberta que seu melhor amigo, aquele parceirão, é gay. Puxa vida, o cara é tão legal né, e vê só, é gay...
Pena que em grande parte o carnaval na rua acabe se esgotando em si mesmo. É, porque na maioria das vezes, a animação atrás do trio elétrico se transforma em sorriso amarelo no dia seguinte. Sabe né, naquela hora que o evento vira a piada na roda de cafezinho da repartição e o sujeito que bateu cabelo na avenida faz que não é com ele. No dia seguinte, o que era um animado orgulho vira de novo vergonha e conduz de novo o ex-orgulhoso pra dentro do seu nem sempre confortável, mas aparentemente seguro armário. 
A mídia também sempre coopera na cobertura, tratando a manifestação como algo pitoresco e engraçado, focado nas montagens das drags e nos corpões pelados em cima de caminhões. Não, não, nada contra. Tem gente preconceituosa dentro do preconceito que quer taxar o modo de vida dos outros. Patrulham em cima de um jeito certo de ser gay. É, o mesmo pessoal que reclama quando tem alguma pintosa em novela, como se elas não existissem e pior, como se não tivessem o direito de existir e ser como são. A crítica pra mídia aqui vai no sentido de não contemplar a diversidade e focar somente nos personagens que podem com maior facilidade render algum tipo de deboche. Desserviço total.
Falei mal da Parada? Acho que não, apenas botei uns contras em cena, mas são muitos os prós. Só o fato de milhares de pessoas irem pra rua em torno da idéia de querer ser igual nas suas diferenças vale a festa.
É sempre bom lembrar que ninguém precisa aceitar nada, apenas respeitar e cuidar da sua própria vida em vez de ficar se metendo na vida dos outros. Não gostou? Acostume-se, estamos aqui, e viemos para ficar.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

COLECIONISMO SUSTENTÁVEL

Não gosto de comprar agendas (agenda é dessas coisas de ganhar), mas a vida com elas é bem mais fácil, principalmente para pessoas dispersas e procrastinadoras. Excelente currículo esse heim, não tem um que não queria contratar depois de ler...
Passei muito tempo sem usar as tais das anotações, até porque, além de esquecer de anotar, às vezes esqueço de olhar. Mas, sempre atento aos revolucionários métodos de uma vida melhor e mais produtiva, novamente me rendi aos encantos da hora marcada.
Problema: não ganhei nenhuma agenda esse ano. Ah não, minto, forcei a ganhar uma do banco. Foi assim: A minha irmã, que nem tem conta lá, tinha ganhado uma de um vizinho que por sua vez tinha arrumado não sei onde. Daí ela deu pra minha mãe e cresci o olho. Quando a minha gerente me ligou pra oferecer aquelas maravilhas de te emprestar dinheiro que você não pediu e vai pagar o triplo pelo resto da sua vida, falei que dispensava tão generosa oferta, mas aceitava sim, uma agenda que sabia que eles tinham. Fui lá e busquei a tal. Até que tava quebrando o galho, mas era bem ruinzinha. Na verdade, a sua função seria bem mais de anotar coisas perto do telefone do que de fazer um diário.
Bom, outro dia, remexendo numa mesa lotada, encontrei agendas velhas, de 2007 e 2008. Agendas boas, de folhas grandes, onde dá pra escrever desde o compromisso até o contato e endereço. Folheando a de 2007, descobri que os dias do mês com os dias da semana eram i-dên-ti-cos aos de 2012.
Quem guarda tem, não é esse o ditado?
Pois bem, caso você ainda esteja trabalhando sem agenda, e tenha alguma perdida aí de 2007, seus problemas acabaram. Só um alerta. Dá uma geral no caderninho, porque talvez ele tenha sido um pouco utilizado. Aí né, já viu, fica grande o risco de acabar comparecendo agora a um compromisso agendado cinco anos atrás.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O PREÇO DAS COISAS, MAIS UMA VEZ

Quando pensei no título desse post, ia colocar "O Preço das Coisas - 2", porque lembrava de já ter usado antes. Recorrendo à pesquisa do blog, pra ver a data, percebi que, na verdade, já tinha usado era um monte de vezes, nem sempre como título, algumas como expressão. Aí ficou esse "mais uma vez". Sei lá, de repente vira uma série né, igual a tantas outras descontinuadas deste blog.
Indo direto (?) ao ponto, mais uma postagem médica. Não que eu seja hipocondríaco (tá, eu sou um pouco sim), mas é que o caso de preço aqui envolve remédio.
Bom, eu tenho uma paradinha meio sinistra na coluna, daí o médico me sugeriu um tratamento com um medicamento que pode dar certo ou não. Independente do sucesso, meu comprometimento tem que ser de no mínimo dois anos, porque só aí é que vai aparecer algum resultado em exames. Pois bem, esse assunto gerou um enorme blablablá, que não vou entrar em detalhes. O fato é que o tal do remédio fica mais barato manipulado, como aliás todo medicamento (acho).
Agora entra o absurdo da história toda. Quando a gente tem uma fórmula pra manipular, ela, naturalmente, é a mesma pra todo mundo. Meio óbvio isso. Então por que os preços conseguem ser tão diferentes, tão ABSURDAMENTE diferentes de uma farmácia pra outra?
Vou dar o nome aos bois. Vai que de repente tem alguém lendo isso aqui, pronto pra ir numa farmácia. O nome do remédio não vou falar, mas posso dizer que a receita foi de sachês suficientes para 3 meses. Mais ou menos, na verdade, 90 dias.
Então:
Farmácia Universal, na Floresta: R$ 191,00
Drogaria Araújo (que atende também manipulação): R$ 161,00
Neopharma, em Santa Efigênia, com matriz no Santo Agostinho: R$ 101,00
Isso mesmo, centoeumreais!
Agora, me conta. O que justifica um disparate desses? Os "ingredientes" não são os mesmos e a mistura igual?
Noventa paus de diferença? Tem dó né gente... 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

QUESTÃO DE PELE

Eu adoro ir na minha dermatologista, e hoje foi dia. Adoro por vários motivos. Um é que a gente não espera um minuto, vai chegando e sendo atendido. Hoje nem sentei na sala de espera, cheguei e fui entrando. Tá, eu sempre me atraso, talvez por isso não espere. Hoje, por exemplo, atrasei uns 20, ou 25 minutos, sei lá...
Outro motivo é que ela é lin-da! A pessoa certa na profissão certa. Uma pele de seda, mas daquelas peles naturais, não dessas que muita gente que lida na área tem, uma coisa meio brilhante. A dela não, é um veludo mesmo. Tem um pouquinho de olheiras, mas que ficam super bem no conjunto da obra. Ah, também é simpática, desses médicos que conversam, sorriem e até aceitam umas brincadeirinhas sem ficar olhando pra nossa cara com ar de paisagem.
Mais um motivo: Ela me dá milhões de amostras grátis. Amo sair de lá carregado de frasquinhos miúdos e bonitinhos. Sempre, junto com a receita, vem a amostra. Logo, economizo na farmácia. O que é ótimo né, porque produtos de dermatologista custam os olhos da cara.
Hoje fui por causa de uma "feridinha" que insiste em aparecer debaixo do meu olho direito. Começou no ano passado, tratei com essa médica mesmo e foi bom. Mas o problema é que sempre volta. Aí, se uso a pomada que ela tinha me receitado, e dado, some. Um tempo depois, já começam as casquinhas, o ponto vermelho e tal. Dessa vez ela mudou o tratamento e, claro, me deu os remédios.
Outra coisa é que minha careca de máquina zero produz umas asperezas não visíveis, só perceptíveis ao toque. Se vou deixando, começam a aparecer, primeiro vermelhas, depois semelhantes a uns arranhões. Coisa de sol. Mesmo usando boné constantemente, o troço volta. Daí precisa queimar com frio. Isso mesmo, usam nitrogênio a menos 200 graus, acho impressionante. Na verdade, é uma coisa bem simples, feita ali mesmo, sentado na frente da mesa dela. Hoje inovou, só haviam uns poucos pontos sensíveis ao toque e ela queimou com um ácido. Pelo menos foi o que disse. Passou o troço com um cotonete, deu uma ardida e pronto.
Bom, como eu ia só lá, nem precisava de bolsa. Maaasss, já imaginando a feirinha que poderia fazer, dei uma esvaziada básica na que eu tô usando, pra não precisar carregar peso, e levei. Feliz providência...
No final da consulta, já com as caixas dos remédios, perguntei: 
Posso ser cara de pau?
Ela, muito legal e muito linda, respondeu que sim.
Então perguntei se não tinham umas amostras de protetor solar. Já viu né, isso pra mim é ouro, independente de poesias recitadas por apresentadores de TV. Menino, ela encheu a mão, e eu enchi a bolsa. Tão bunitinhas as bisnaguinhas que ela me deu...
Amei refazer o estoque.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O MÉTODO POMODORO

Comecei a escrever este post e apaguei. Depois troquei o título. Era PROCRASTINAÇÃO X MÉTODO POMODORO. Quando vi, o assunto procrastinação já ia longe, e disso já falei demais. Então tirei essa parte, que só vai sobrar aqui no inicinho.
Bom, o Método Pomodoro. Colando da wikipédia, "Técnica Pomodoro é um método de gerenciamento de tempo desenvolvido por Francesco Cirillo no final dos anos 1980.[1] A técnica utiliza um cronometro para dividir o trabalho em períodos de 25 minutos chamados de 'pomodoros". 
Estou aqui para dizer que funciona e que é um bom antídoto para a procrastinação (putz, olha ela aí de novo).
Na verdade, venho usando uma adaptação livre do método. Em sua teoria, esse tempo é sempre de 25 minutos e os intervalos de pausa é que vão variando no decorrer do período em que está sendo utilizado. Claro que existe um desenvolvimento teórico que justifica toda a ação. Foda-se a teoria, o que me interessa é a prática de desestagnação. Se não existe a palavra, acabou de ser inventada, mas acho que existe.
Olha só, pego o timer... Sim, comprei um timer de cozinha pra isso. Foi meio uma epopeia, porque custei a encontrar. Não que seja difícil, porque nem deve ser, mas, nos lugares onde eu procurava, ia chegar na semana que vem. Como eram perto de casa, eu ficava esperando a semana que vem, que se desdobrou em várias semanas que vem. 
Enfim, pego este timer que comprei e marco um tempo. Não exatamente 25 minutos, mas um tempo que acho legal de marcar. Daí começo a fazer o que preciso. É engraçado porque com isso a gente não enrola. Sei lá, aquela sensação de que o tempo tá andando te bota pra correr. É muito bom pra quem não tem hora de fazer as coisas, chefe ou cliente cobrando. O fato de ter marcado aquele tempo te dá a obrigação de correr com aquilo, como se a gráfica fosse fechar, por exemplo. 
Muitas vezes o tempo estoura. No meu método adaptado isso não tem importância. Normalmente você já tá no ritmo mesmo, e toca o bonde. O bom é que, enquanto está dentro do tempo determinado pelo timerzinho, você não se distrai. Esquece e-mail, facebook, MSN... Na verdade, TEM QUE ESQUECER. Este é o método, afinal de contas. Se não vai esquecer, nem adianta fazer. No início pensei que ia precisar de uma disciplina monstra, que não tenho, pra conseguir isso. Mas não, por incrível que pareça, a coisa flui.
Finalizando, pomodoro por que? Bem, quando o cara começou a testar essa ideia, usou um timer de cozinha em forma de tomate. Tomate = Pomodoro. Daí o nome. 
Mas você pode usar este timer:


Ou este outro aqui:






Eu optei por este:



É, pra dar um toque de glamour e futilidade nisso tudo né? Afinal, como disse o meu amigo, na superfície também se vive.  ;-)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

VISITANTES MISTERIOSOS E OUTRO NEM TANTO

Mais uma tentativa de retomar o blog... Dessa vez vai?
Primeira surpresa. Está tudo, TUDO completamente diferente aqui. Por enquanto acho que não vou apanhar muito, mas sei lá. Pode ser que as mudanças tenham sido feitas para facilitar, mas, a princípio, me parece que só dificultam. Vamos ver, muitas vezes é só uma questão de costume né?
Não entendeu nada? Bom, estou falando das modificações do Blogger. Até pra postar tive que dar uma paradinha até entender pra onde eu ia.
Enfim, Beagá Que Eu Vejo parado desde novembro do ano passado. Nesse meio tempo, visitado. É, como é que pode isso? Uma média aí de uns vinte e poucos leitores por dia. Pouco demais, eu sei, mas pra um blog literalmente parado desde novembro? Que povo é esse que vem aqui? Pera aí, não tô reclamando. Podem, e devem continuar a vir. Mas, que é meio misterioso, isso é.
Bom, toda vez que volto é esse lero-lero, que mesmo parado veio gente aqui e tal. Dessa vez, surgiu um fato novo, via e-mail. Um cara me escreveu, em abril, dizendo que tinha conhecido o blog, gostado, e me perguntando sobre Belo Horizonte. Pois é, ele estava querendo se mudar pra cá, e pedia dicas. Entre elas, se nessa cidade era possível viver com salário de R$ 3.200,00, que era o que pretendia ganhar, caso passasse no concurso público que estava fazendo. Sei lá, eu devo ser chic demais e colocar muito glamour no que escrevo, porque pra uma pessoa pensar se pra viver com R$ 3.200,00, um casal, sem filhos... Putz, será que ele achou que todo mundo aqui ganha trocentos e noventa e nove mil?
Então, mas este e-mail, que respondi e ele me respondeu de novo, bem atencioso e gentil, me trouxe uma luz. CLARO que ele pesquisou Belo Horizonte, ou o apelido beagá, e com isso bateu de cara aqui. Esse provavelmente deve ser o caminho de muitos visitantes. Fora isso, outras palavras, recorrentes em postagens, devem também jogar outros tantos desses buscadores.
Fato é que, toda vez que sumo, procuro saber se fiquei congelado. Todas as vezes vejo que não, e isso me anima. Espero que essa animação continue pelos próximos dias, semanas, ou anos. Beagá Que Eu Vejo - ano 10, quem sabe?