domingo, 18 de janeiro de 2009

BIG BROTHER, PODE?


Quando comecei este blog não tinha intenção de entrar em assuntos de fofocas, vida de celebridades, enfim, coisas que procuro não acompanhar e que na verdade até tenho certa antipatia. Fiquei surpreso outro dia quando duas amigas me disseram que eu fui grudado em novela, que a gente só saía depois que acabasse. Tô bobo, porque hoje em dia nem último capítulo eu tenho interesse em ver.
Bem, mas depois de ter entrado no assunto Suzana Vieira, acho que tudo pode. Já descambei mesmo...
Big Brother com gente velha.
Afff, quem aguenta esse programa? Vi a primeira edição, achei que seria algo interessante. Parei por ali. Difícil entender alguém com a carreira do Pedro Bial dando pulinhos e chamando aqueles pobres coitados de "heróis". Enfim, ontem acabei dando uma olhadinha, zapeando a TV, que não tinha nada, nem na que a gente paga boleta todo mês.
Novidade do programa: Colocar gente velha. Realmente seria ótimo, e poderia até ser um diferencial, se a gente velha ali não quisesse imitar a gente nova. O povo de big brother geralmente é bem fraquinho mesmo, afinal, se não fosse nem estaria ali né não? Aí vendo a revista do vizinho, que não perco o costume de ler, vi o Boninho (incrível como a gente é íntimo desse povo de TV) justificando que os coroas foram colocados prá dar conteúdo.
É, mas parece que esqueceram de avisar prá eles. O pouco que vi ontem me mostrou uma tentativa bizarra de gente tentando ser o que não é. Alguém poderia dizer, e com certeza muitos dirão, que é ridículo aquele cara e aquela cara idosos - 60 anos é considerado idoso até hoje, sabia? - no programa. Vou ter que concordar. Achei ridículo. Não porque são mais velhos, têm a evidente marca da idade nos corpos e não podem competir em biquinis e shortinhos com as aspirantes a Playboy e os aspirantes a G Magazine. O ridículo está em terem perdido a noção do que estão fazendo ali.
Ow! Acorda! Vocês foram chamados pra serem os maduros do programa. A função de vocês aí, segundo o Boninho, é elevar o nível dos papos e da competição (?) de cartas marcadas. Deprimente ver reproduzido em rede nacional o pouco apreço que as pessoas têm pelos seus anos de vida, pelo valor acumulado que isso pode significar. O legal é tentar imitar aqueles com metade da idade e vivência que, vamos combinar, estão ali cumprindo o seu papel, coerentes em corpo e espírito.
Conforme prometido, os posts aqui não podem ser longos, e este terá uma interrupção abrupta. Reflexões a mais sobre as delícias da maturidade podem ser encontradas em "Perdas e Ganhos", da insuperável Lya Luft. Ler prá crescer.