Houve um tempo que seria estranho eu dizer que gosto do Roberto Carlos. É, nessa coisa de ser moderninho, podia não pegar bem. Mas a idade legitima tudo, a idade da gente e a do artista. Perto dos 50, ainda sou o mesmo moderninho, aos 50 anos de carreira, o Roberto é cult.
Em tempos de comemorações, todo dia tem algum especial, alguma coisa na TV (Globo, principalmente) falando do rei. Em cada uma delas a gente vai percebendo o quanto o RC esteve presente em nossas vidas, e como algumas das canções mais bonitas, com sacadas existenciais, além dos romances, trazem a sua marca. "Emoções", "É Preciso Saber Viver" (que com certeza um povo achava bacana gostar por ter conhecido com os Titãs, sem saber quem estava por trás da criação), e mais um tanto. As canções de amor, bem apropriadas para os apaixonados e mais ainda praqueles que gostam de sofrer por amor e as... eróticas! É, incrível como o ídolo das donas de casa caretonas carrega nas tintas das cenas de sexo, algumas bem selvagens, e põe essa mulherada prá cantar com mãozinha prá cima. Será que ele se diverte com isso? Eu me divertiria :-)
Enfim, religião, fé, tudo nessa mistureba de temas unindo poesia muuuuuiiiiito boa com apelo popular. Prá finalizar, só uma coisa me intriga, além do fato da Wanderléia ainda usar mini-saia.
Por onde anda Maria Bethânia?
A principal interprete do rei, aquela que tem um disco inteiro dedicado às "canções que você fez prá mim", simplesmente não deu as caras. Deve ter rolado um fighting, só pode. Nem tão ocupada assim a figura deve ser. A julgar pela fama do mau genio da baiana e pela conhecida meiguice dos arianos, capaz de ter sido briga boa.