Eu, como a maioria das pessoas (acho), invento algumas coisas. Já até falei sobre isso em outro post, "Teatro e Semana de Cinzas", é só rolar aí pros mais antigos e você encontra.
Hoje vou falar de outra coisa que inventei. Tinha idéia deste tópico há muito tempo, mas fico sempre adiando por causa daquele lance que também já falei, quero postar na hora que o blog tiver mais leitores em número e, principalmente, em fidelidade. A urgencia agora se deu porque minha amiga que estuda letras me falou que tem usado não só o termo, mas também o conceito em sala de aula. Tudo bem, ela cita a fonte, eu, mas como não posso registrar uma coisa dessas na Biblioteca Nacional e muito menos patentear, pelo menos vou registrar aqui. No mínimo você vai saber que a teoria é minha, e quem sabe um dia vai defender isso numa mesa de bar.
Hoje vou falar de outra coisa que inventei. Tinha idéia deste tópico há muito tempo, mas fico sempre adiando por causa daquele lance que também já falei, quero postar na hora que o blog tiver mais leitores em número e, principalmente, em fidelidade. A urgencia agora se deu porque minha amiga que estuda letras me falou que tem usado não só o termo, mas também o conceito em sala de aula. Tudo bem, ela cita a fonte, eu, mas como não posso registrar uma coisa dessas na Biblioteca Nacional e muito menos patentear, pelo menos vou registrar aqui. No mínimo você vai saber que a teoria é minha, e quem sabe um dia vai defender isso numa mesa de bar.
A vida contada e a vida vivida. Essa expressão surgiu de uma conversa que estava rolando com meu amigo, na sala da casa dele, em Londres. Ele tinha se mudado prá lá tinha um ano (agora fazem 12) e eu estava visitando. Antes disso a nossa proximidade era muita, até moramos juntos aqui em BH. Bom, nesse período, ambos em BH, eu fiz algumas viagens, inclusive outras internacionais. Então o papo era esse. Ele ficava me falando que parecia que as outras viagens tinham sido mais legais, e aquela ali, da visita a ele, estava sendo a pior.
Estava? Não, era a mesma coisa. Claro, viagem sempre é melhor depois que acontece. Enquanto vai acontecendo é um cotidiano agradável. Mas boa mesmo ela fica na hora que a gente lembra... Lembra e con-ta.
Essa era a diferença. As outras viagens que eu tinha feito, quando chegava, contava prá ele. Esse contar animado nos primeiros dias prosseguia por dias e anos. Claro, contar viagem dura muito, tanto que tô falando aqui de uma que tem 11 anos.
Então, daí que surgiu o conceito, vida contada e vida vivida. Dessa vez em Londres ele estava vivendo a viagem comigo, e não me ouvindo contar. Isso faz toda a diferença. Fácil extrapolar prá todo o resto. Tem uma frase que adoro:
"Como são fascinantes as pessoas que nós não conhecemos".
E é isso mesmo, não vivemos com as pessoas que não conhecemos, sabemos só de contar. Você acha que a Madonna seria tão fascinante se você convivesse na cozinha dela? Claro que não. E os filmes, livros, essas coisas que nos encantam, são o que? Vidas contadas.
Enfim, é isso. Ninguém precisa achar a própria vida chatinha, entediante. Garanto que se algum dia alguém resolver contá-la em uma peça de teatro, ela será bem legal. Eu pelo menos tenho certeza que vou querer assistir.
E é isso mesmo, não vivemos com as pessoas que não conhecemos, sabemos só de contar. Você acha que a Madonna seria tão fascinante se você convivesse na cozinha dela? Claro que não. E os filmes, livros, essas coisas que nos encantam, são o que? Vidas contadas.
Enfim, é isso. Ninguém precisa achar a própria vida chatinha, entediante. Garanto que se algum dia alguém resolver contá-la em uma peça de teatro, ela será bem legal. Eu pelo menos tenho certeza que vou querer assistir.