Somos o que escolhemos ser. Somos? Sei lá, eu tenho as minhas dúvidas e se por um lado acho bom, por outro lado acho ruim. Simples, acho bom porque se fosse assim a gente teria bastante segurança quanto a evitar adversidades e fracassos. Por outro lado é bem ruim pensar que somos responsáveis por tudo que nos aconteça e, pior ainda, a encruzilhada de escolher o que se quer ser. Na verdade, eu até hoje não sei o que quero ser quando crescer. A cada dia descubro que o mais difícil talvez não seja realizar os desejos, mas sim saber o que desejar.
Há alguns anos desenvolvi um pensamento, quase uma teoria, que vivo dizendo por aí. Somos presos na ilusão de que as grandes decisões definem a nossa vida. Então precisamos nos concentrar numa profissão, por exemplo. O que vou estudar? Queremos também definir o nosso afetivo. Quando vou me casar? Quantos filhos vou ter? O pragmatismo americano tem uma pergunta muito presente em filmes ou séries:
- Onde você se vê daqui a cinco anos?Gente, sabe o que é mais importante que todas estas perguntas que atormentam o ser humano logo que ele começa a andar e falar? Muito mais sério é saber se hoje volto prá casa por essa rua ou pela paralela. É, isso mesmo, uma pequena decisão dessas pode influenciar muito mais a sua vida do que decidir fazer medicina aos sete anos de idade. O que acontece é ninguém sabe nada, e sem saber nada ainda tem a ilusão do controle, olha o angu.
Então, ao decidir mudar o caminho de volta prá casa eu posso ser o agente de um acontecimento mega importante que vai rolar ali, naquela rua, e não na outra onde eu normalmente estaria passando. Que acontecimento? Ah, pensa aí, qualquer um, na verdade tanto pro bem quanto pro mal. Conhecer alguém, achar um bilhete premiado... Tá bom engraçadinho, você pode também ser atropelado, por exemplo. Quer ver você quebrar a cara? O atropelamento foi positivo, porque você só teve uns hematomas e evitou o piano que caiu do oitavo andar justamente naquela rua que você estaria passando.
Ram-ram, dá prá pensar no lado bom sempre. Quer mais? O seu atropelamento não foi por um cavalo branco, mas dentro daquele carro estava o seu principe encantado, que você não conheceria se tivesse escolhido atravessar na faixa.
Então, o que é uma boa escolha? Minha amiga fala - só que ela fala da boca prá fora - que a melhor escolha é aquela que a gente faz. Concordo com ela, o jeito é só esse mesmo, jogar os dados e a sorte está lançada.
Pelo lado espiritual, aprendi uma coisa ouvindo o Professor Hermogenes num programa de TV. Diante de um telefonema desses problema-sem-solução ele foi bem simples. Disse que tinha adotado quatro palavras, que desde então adotei também. Tá, primeiro você vai pensar que é conformismo, mas lê direitinho, dorme com elas e depois me conta:
Entrego - Confio - Aceito - Agradeço.Pode ter certeza que ainda vamos voltar muito neste tema. Então, boas escolhas prá você, e prá mim.
Luiz! Tudo Bem?
ResponderExcluirBom, eu levantei uma questão parecida num blog alheio esses dias, e na verdade, eu acho que nossas escolhas, não são muito bem escolhas. Quero dizer, mediante a tantos fatos, tanta influência de todos os lados ( não tô falando de teoria de conspiração nem nada ), nossas escolhas acabam não passando de mera consequência.
Enfim, o importante é ser feliz né?
Faz tempo que não vejo teus comentários no meu blog, tá fazendo falta sua opinião sobre alguns posts em específico.
Abraços e bom final de semana!
Falou bonito! Hoje, pelo menos hoje, sem ilusões, vou me recolher. Não à minha insignificância, mas à minha condição de incapaz em solucionar o que ainda nem aconteceu. E vou me deitar, bem aconchegada ao lado das quatro palavrinhas...
ResponderExcluirEntrego - Confio - Aceito – Agradeço
Agradeço a você Luiz
Beijos
doci