Vou bater na mesma tecla dos dois últimos posts, porque coincidentemente as histórias continuam repercutindo, e de uma maneira bem engraçada - ou irônica.
Enquanto a auto intitulada ex-prostituta Bruna Surfistinha arrebata fãs e recebe até pedido de autografo na rua (uma revista semanal relata a cena de um adolescente tremulo com seu papelzinho e caneta diante da musa), a moça da mini saia é ex-pul-sa da faculdade onde estuda(va) com direito a anuncio do fato veiculado em grandes jornais paulistas.
Ah, na mesma revista semanal... Tá bom, confesso, é a revista do meu vizinho que continuo lendo. Então, nessa mesma revista, a atual escritora surfistinha revela os bastidores da sua sofrida infancia de menina adotada, aluna de dois dos mais caros colégios particulares de São Paulo, que foi duramente castigada pelo pai após o flagrante do roubo das jóias da mãe. O furto descoberto só veio coroar e revelar uma carreira de pequenas apropriações nas carteiras familiares. Vida dura, marcada por injustiças. Que bom que tudo virou filme e peça de teatro, com 2 milhões de captação pela Lei Rouanet. Realmente são edificantes estas histórias de superação, alguém com tão poucas oportunidades que conseguiu dar a volta por cima exercendo a mais antiga das profissões.
E a dama de rosa choque? Bom, dizem que ela "provocava" os meninos, que a sindicancia que apurou os fatos chegou a conclusão que ela sim era a culpada. Mas não deviam ter avisado antes que as mulheres dessa universidade têm que se vestir com roupas adquiridas no Talibã's Fashion? Tá, a roupa dela podia estar meio exagerada. Mas isso é motivo de expulsão em um país que glorifica como celebridade o mérito da prostituição? Calma, calma, calma. Eu já disse que não tenho absolutamente nada contra quem resolve abraçar a carreira de puta, como também acho estranho quem se preste a este julgamento da vida alheia. Mas daí a incensar, vai uma distancia né...
Na reviravolta dos fatos, ganha a loirinha. Um caso que já podia estar enterrado, permanece na mídia, valorizando ainda mais possíveis cachês e quem sabe abrindo as portas para os barracos televisivos.
Bons tempos aqueles quando estudantes se mobilizavam em torno do meio passe nos ônibus.
No Brasil você não pode quase mostrar a bunda, porque é expulsa da faculdade. Se ela tivesse ido sem a saia, viraria filme... Certa vez, no
ResponderExcluirRio de Janeiro, um cara entrou sem camisa no ônibus e ninguém falou nada, então descobri que no RJ é liberado andar sem camisa no ônibus. Em SP não pode ir para a faculdade de saia? Em Minas? Tradicional estado puritano, qual seria o figurino apropriado? Tadinha da menina da saia, vai acabar pegando uma gripe... suína ou seria aviária?
Concordo em partes. A Surfistinha sofreu muito durante a vida que ela levava quando prostituta, quem leu o Doce Veneno do Escorpião entende bem essa história. Ela conseguiu libertar-se do que fazia e hoje colhe os frutos da superação, a vida dela é, sem dúvidas, um exemplo. A Geyze foi hostilizada de uma maneira desumana, tanto pelos colegas de faculdade, quanto pela instituição que a expulsou. Infelismente no Brasil os valores estão bastante invertidos, e isso é fato.
ResponderExcluirEstou te seguindo, um abraço!