Tempinho bom afastado do blog, já pensando na mensagem de final de ano que vou postar aqui, não resisti a mais uma vez meter a colher de pau em assunto que tá dando pano prá manga na mídia: A novela Sean Goldman.
Bom, esse menino, o Sean, é filho de David, aquele que lhe dá o sobrenome Goldman por seu seu pai. David casou com uma brasileira, Bruna, lá nos states e cinco meses depois teve esse filho, em maio de 2000. Até aí deu prá perceber que o casal procriou né, a criança não é filha de uma aventura de camisinha furada.
Passado um tempinho, a moça, Bruna, resolveu vir pro Brasil na companhia dos pais passar férias de duas semanas. Sabe quando? Já em 2004. Prá que as datas? Prá gente saber que não foi casamento de uma semana depois de uma noite de bebedeira em Las Vegas.
Chegando aqui a nossa conterrânea simplesmente resolveu comunicar ao marido, por telefone, que o casamento estava acabado, que nem ela e nem o filho iam voltar. Sei lá, posso ser meio raso de raciocínio, mas me parece que essa dona agiu de má fé, praticamente roubou o filho do pai e prá tudo isso teve a conivência da família. É, tá bom, a gente não sabe dos bastidores do casamento, mas vamo combiná? Do jeito que a família da moça gosta de um holofote, se tivesse alguma coisa todo mundo já estaria sabendo.
Enfim, prá mal dos pecados, enquanto brigavam na justiça ex-marido e ex-mulher pelo filho, ela morreu, de parto, enquanto dava a luz a uma nova filha, de um novo casamento. Bom, o menino, Sean, ficou orfão de mãe, mas ainda tinha, e tem pai.
A dedicada família da falecida, junto com o atual padrasto do garoto, começou então uma campanha prá manter o menino é... o menino que foi, digamos assim, sequestrado do pai, sob sua guarda. Hã? Mas o Sean, chamado Goldman, não tinha, e tem, um pai que nunca o rejeitou e que no decorrer de todos estes anos lutou pelo direito de tê-lo ao seu lado? Por acaso a história dessa criança é igual a de tantas outras, cujas mães têem que recorrer a tribunais para pelo menos colocar o nome do cara que transou com elas na certidão do filho?
Agora a justiça brasileira finalmente reconheceu a confusão e determinou a volta da criança para o lado do homem que a gerou, amou e durante anos a fio lutou por ela, quando poderia simplesmente dar de ombros, como tantos desejam fazer e só não fazem porque são levados às barras da lei.
Não lembro direito, mas me parece que os aparecidos de plantão chegaram a fazer passeata contra a devolução do filho ao pai. Se não me engano envolveu até celebridades de segunda linha, aquelas não perdem a chance de solicitar um minuto de nossa atenção via contratação de paparrazi.
Em um último lance sensacionalista, avó e padrasto que tinham a opção de entregar o menino discretamente por uma entrada já combinada prá isso, resolveram que seria mais legal passar no meio dos jornalistas e demais pessoas. Vontade de ver os flashes pipocando nem que fosse uma última vez, pode ser isso né...
Gozado também o protesto da avó, que prá completar afirmou que o Brasil tinha feito isso por interesses comerciais e não para dar fim a um sequestro de 5 anos. Não satisfeita em escrever para o Presidente Lula, ainda queria que o menino fosse ouvido, e achou uma manipulação que a insanidade não fosse permitida. Ahhhh, tá bom, manipulação não seria expor um menino afastado do pai aos 4 anos de idade, vivendo com uma família aqui durante 5 anos, prá ele opinar onde queria ficar.
Como diz minha mãe, tem cada uma que até parece duas...
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Be-a-bá demais? Né não, muita gente falou dessa dificuldade e saiu sem deixar recado. Agora todo mundo pode! :-)