Hoje voltei a fazer o programa legal que rola um domingo de manhã a cada mês, fora quando chega a época de chuvas. Fui no Projeto Sesc MPB. Confesso que esse ano não estou tão fiel quanto ano passado, quando o projeto começou, e eu não perdi nenhum. Até agora só fui a dois, um pouco porque minhas manhãs andam comprometidas e um pouco porque a programação me atraiu menos. Claro, os shows não são feitos só pra mim, então obviamente contemplam gostos diversos.
Muuuuuuuuuito bacana nessa história toda é o resgate de tantos artistas que o Sesc faz, junto com o produtor cultural Pedrinho Alves, que é quem toca o bonde. Nos dois que fui me deliciei com Baby Consuelo e hoje com Amelinha. Lo-ta-dos, o que me faz ter a certeza que a platéia devia tá por aí também nos que não dei as caras.
Pra quem ja conhece de ir, de ouvir falar ou até de ler no blog, vou chover um pouco no molhado dizendo que a estrutura é assim: Um músico daqui de BH (homem) divide a cena com uma cantora de fora. Abre com o cara, tem ela no meio, e finaliza com os dois. Com o corre-corre das manhãs, hoje cheguei já no meio da parte dela, e perdi o Paulinho Pedra Azul, que adoro e que é um dos artistas com carreira mais consistente por estas bandas. Bom que vi o final, e foi demais o carisma do sujeito junto com a Amelinha. Um clima tão feliz e expontâneo que não tinha como não contagiar todo mundo ali debaixo do sol. É, tem isso, pra ver o show você tem que enfrentar o maior solão, mas compensa em dia lindo de céu azul dentro de um parque em pleno centro da cidade né não?
Ver/ouvir Amelinha foi uma viagem no tempo, como de resto tem sido esse projeto. Cantoras que conduzem a gente a uma outra época, meio riponga. Dando uma panoramica no povo todo, parece que essa sensação é mais ou menos geral. A voz da mulher é uma coisa de arrepiar, ainda mais com um repertório que ajuda. Pois é, a tal da nostalgia.
Entre tantas músicas, momentos Vanuza compensados por uns larárá ou saladinha de versos. Pera aí, não tô falando mal. Desde sempre todo mundo sabe que só uso o espaço aqui pra comentar o que gosto. O que não gosto não tem a menor importância, cada um cada um. Então, só falei porque foi bem engraçado, e hoje em dia não tem como não lembrar. Vanuzar vai virar um verbo.
Como toda cantora, de vez em quando Amelinha dá uma de "homenagem às mulheres". Um destes momentos foi antes de cantar "mulher nova, bonita e carinhosa, faz o homem gemer sem sentir dor..." Tá bom Amelinha, longe de mim discordar, mas sabe de uma coisa, homem novo, bonito e carinhoso faz a mesma coisa. ;-)