sexta-feira, 11 de julho de 2008

PRESTIGIE OS AMIGOS



Você tem um amigo médico? Que tal prestigiá-lo indo fazer uma consulta gratuita? Informe ao seu amigo dentista que você vai fazer um tratamento de canal com ele, para prestigiá-lo. Seu amigo tem uma loja de artigos esportivos? Pega logo um adidas, um puma, modelinho caro, que assim o prestígio é maior.
Quando alguém estréia uma peça de teatro, os amigos dizem que irão prestigiá-lo. Pedem logo o convite, óbvio, quem vai pagar prá ir ao teatro né.
"Ah não, quinta eu não posso, tem que ser sábado ou domingo."
"Não tem mais uns aí não? Tem uns colegas lá do serviço que adoram teatro, vão querer te prestigiar também."
"Pô véio, desculpa, não deu prá gente ir, teve jogo. Mas pode deixar, semana que vem a gente tá lá, te prestigiando. O convite vale semana que vem né?"
Tem uma frase atribuída a Cacilda Becker que não sei se foi mesmo dita por ela, mas é ótima: "Não me peçam de graça a única coisa que tenho para vender".
E então, quantas vezes o amigo já pagou para ir ao teatro? A enquete está no ar, vota aí.

terça-feira, 8 de julho de 2008

TEXTOS DE GAVETA


Sabe aquele poema que você escreveu em um momento de dor de cotovelo? Aquele conto da noite de insônia? Todo aquele calhamaço de papel que uma necessidade interior levou você a produzir? Sabe? Pois é, eu não.
Com excessão do período de restinho de infância e início da adolescência, quando eu escrevia contos em um caderno como se ele fosse um livro, nunca tive textos de gaveta.
O pouco que escrevi para teatro foi encenado (tá bom, eu mesmo que produzi). As raras poesias que arrisquei foram publicadas em livro. As trocentas matérias de jornal, todas impressas. Releases aos montes nas mãos dos veículos a que se destinavam.
Não sei se o espírito prático do ariano, ou a preguiça do... do... do preguiçoso, nunca me permitiram escrever algo que já não tivesse um destino concreto, real e, especialmente, leitores. Desde criança existe a promessa de que serei escritor e realmente este deve ser o meu desejo mais palpável na realidade "eu tenho pressa e tanta coisa me interessa, mas nada tanto assim".
Porém, nunca concebi a idéia de ser um escritor que não fosse profissional. Entenda-se: Profissional que é remunerado por aquilo que faz como profissão.
Tudo isso prá falar sobre uma espécie em extinção - o texto de gaveta. Hoje em dia todo mundo pode publicar seu livro, pode ter sua coluna, pode opinar em todo e qualquer assunto. Ah, um parentese, nem precisa saber escrever para isso.
A nova gaveta tem uma janela para o mundo.
Qual o motivo deste post? Simples, eu continuo não querendo ter textos de gaveta, nem mesmo gaveta virtual com janela para o universo. Assim, tenho uma confissão a fazer. A idéia de criar um blog não é somente criar um blog. É tentar que esta iniciativa seja ponto de partida para algo mais.
Sim, continuo querendo ser um escritor profissional, vide a definição acima.

domingo, 6 de julho de 2008

FIAT LUX


Muita gente aqui por perto ficou sem pagar a conta de luz do mês de maio no dia do vencimento. Não, não foi um boicote e nem um movimento organizado. O caso é que as vezes fica difícil pagar as contas sem receber as faturas. Na lógica maluca destes prestadores de serviço (esse povo que envia boleta), se você não recebe a cobrança, você mesmo é que tem que providenciar uma segunda via. Tá bom, mas todo mundo fica lembrando do dia do vencimento dos montes de coisas que tem prá pagar?
vêm as desculpas: Greve dos correios, malote roubado (essa ouvi dentro da agência da fornecedora) e blá blá blá. Ham? E o kiko? Antes que pareça que estou advogando em causa própria, não estou. Fui um dos que, lembrando a data de vencimento, tirou a duras penas uma segunda via na agência virtual da companhia. Duras penas por que? Acesse a tal agência e veja você mesmo. 99% das vezes dá erro. Vai tentando, uma hora dá certo.
Bem, o tempo que não tem para enviar uma segunda via, já que sabidamente houve uma greve de correios ou um roubo de malote (eles mesmos é que disseram, logo, sabiam antes de você que sua conta não ia chegar), o pessoal tem para mandar cortar a luz. Aí o surpreso consumidor, que nem imaginava ser o marginal e mau pagador que ia ser castigado com a falta de energia, tenta correr para pagar o que nem supunha dever.
Adianta? Não. O pessoal do corte é pior que pit bull. Já chega intimidando e não quer nem papo. Se você não tem a conta ali, na gaveta (lembra, aquela conta que você nem recebeu), pode providenciar as velas. Sua luz já era.
Reclamar prá quem? Prá raposa que está, ela mesma, vigiando o galinheiro?
Quer saber? Anote seus vencimentos em uma boa agenda de papel ou nos seus trocentos equipamentos tecnológicos. Na burrocracia desse povo, ou você se previne ou então vai ter que ligar sua internet banda larga no querosene.

PALPITE INFELIZ


Putz... leio na Época a cantora Mônica Salmaso falando bem da pirataria. Palavras da cult-intérprete: "Adoro ver meus discos pirateados. A pirataria é uma grande aliada para mim". Bom, então tá, vou dar uma olhadinha em banca de CD pirata e procurar Mônica Salmaso. Se eu encontrar algum eu aviso.
Existem excelentes oportunidades da pessoa ficar calada né? Incentivar essa prática criminosa? Faz o seguinte, disponibiliza o CD no site prá baixar, igual a Titane, outra cult- cantora fez.

sábado, 5 de julho de 2008

SEX AND THE CITY



Sim, fui ver este filme na última segunda feira. Primeiro o cinema: Cinemark, Pátio Savassi. Raridade eu ir nessas salas. Adoro o Pátio Savassi, acho um shopping cosmopolita, bonito e sofisticado. Minha amiga ama porque diz que pode levar cachorro. Prá mim tanto faz, não tenho cachorro e acho que se tivesse dificilmente iria com ele a um shopping.
Bem, Cinemark. Nunca vou porque é o único cinema na cidade que não aceita qualquer cartão de desconto. Lá só inteira ou meia, com carteira de estudante. Como não estudo e não vou usar carteirinha falsificada, vejo meus filmes onde posso usar meus cartões de desconto e pagar meia. Vamos falar sério? O filme é o mesmo e as salas não têm grande diferença assim. Todas com um povo abrindo pacotes, mastigando, coisas que acho o fim da picada no cinema. No máximo uma balinha né gente, e mesmo assim com aquela tensão na hora de tirar o papel.
Por que acabei lá? Meu amigo tinha ingressos de-gra-ça por causa de uma promoção de posto de gasolina. Sex And The City, no Cinemark, de graça? Tô dentro. Pois é Cinemark, então fica assim, na próxima promoção a gente se vê de novo.
O filme. Sem muito blá blá blá, gostei. Tinha um porém na minha cabeça. Prá mim, assistir a série, pelo menos alguns episódios, era pré requisito para entender o filme. A colagem de cenas de vários episódios no início não seria explicação suficiente. Meu amigo (não o que foi comigo, outro) disse que não, e me provou dizendo que um amigo dele, que nunca viu nada da série, tinha entendido tudo. É, pode ser...
Como este blog pretende ser de posts curtos, e como não sou crítico de cinema, vou encerrando com a única coisa que realmente me incomodou no filme, filme este que gostei, mas não amei:
O final.
Meu Deus, o que foi aquilo? Samanta Jones dando migalhas a um cachorrinho enquanto suas amigas falavam maravilhas dos seus relacionamentos? Quer moralismo maior? Triste fim para uma série que se propunha revolucionária.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

PELA JANELA DA COZINHA



Olhando pela janela da cozinha do apartamento que moro hoje. BH, claro :-)