sexta-feira, 5 de março de 2010

DISPONÍVEL.COM

Mais um assunto que eu tava há um tempão pra escrever e sei lá porque não escrevia. Aí aconteceu um fato agora mesmo que detonou aquela velha vontade de compartilhar.
Bom, eu talvez atenda uma média de... 100? Acho que 100 pode ser muito, mas uma média de um tantão de telefonemas por dia. 99% de gente que eu não conheço. Simples, meus telefones são de trabalho, o que faz também com que eu não seja destes que olham o número antes de atender. Tocou, atendo. E olha que toca viu, às 8 da manhã, às 11 da noite, à uma da tarde... Tá, não to reclamando, é meu trabalho e existem muuuuiiiitos, acho até que a maioria, que são bem piores que o meu.
O caso é que com a invenção do celular, não existe mais horário dito "comercial" pras pessoas ligarem. Não sou um profissional de rotina, não almoço de meio dia às duas, pelo contrário, geralmente às duas nem almocei ainda. Não por aperto de trampo, mas por hábito mesmo. Ainda que eu não siga estas rotinas, eu penso antes de fazer as coisas. Então acho que seria bem natural não ligar em certos horários, entre eles ao meio dia e meia, uma e quinze, por aí.
Certo? Errado.
O uso do celular aboliu este raciocínio, simplesmente porque ele te disponibiliza 24 horas por dia. Isso agora, no início não era, tanto que eu lembro de chegar em casa e desligar a fera. Também, quase ninguém tinha e não eram poucos os que evitavam ligar, com receio de custo. Como o mundo mudou demais, a gente agora larga o garfo, se enrola na toalha, acorda com o travesseiro babado, enfim, para tudo e aperta a teclinha verde.
Ah tá, o fato que me levou a escrever? Então, agora a pouco atendi uma das inúmeras ligações do dia, no fixo. Dei todas as informações solicitadas, tirei as dúvidas, marquei horários, reservei agenda e tudo mais. Com boa vontade e educação. Ham, sabe como a moça encerrou a conversa, na hora de se despedir?
Nossa, você é difícil de achar heim?
Pode?

Um comentário:

  1. Gostei do teu estilão de escrever, parabéns@ ão curto algumas "facilidades" do mundo moderno, como o celular, que, acho até que virou mania. As pessoas, em suas ansiedades e carências, ficam olhando sem parar para o aparelho, repare, em ônibus, nas ruas, desesperadas por uma ligação de alguém, por saberem que fazem parte do mundo de alguém, nem que seja só num número de telefone.Me incomoda também ter a obrigação de ficar escutando as privacidades de tod@s, discutidas no celular, em voz alta, temos o grave azar de saber do início , meio e fim das conversas e da vida da pessoa. O mais gozado é que são essas mesmas pessoas que preferem ter todo tato virtual e tecnológico com o próximo, mas se negam, covardemente, ao olho no olho, a um relacionamento mais íntimo e verdadeiro. Aristóteles se chocaria muito , hoje... ele foi quem disse que "amigos precisam comer o sal juntos..." Hoje chamamos de "amigo" qualquer pessoa que nos mande um torpedo. Armadilhas para o futuro...
    Abraços,
    Ricardo
    aguieiras2002@yahoo.com.br
    http://aguieiras.wordpress.com/

    ResponderExcluir

Achou meio complicadinho comentar? Olha só, nas opções que pedem aí, você pode marcar "anônimo". Não, você não vai estar comentando nada escondido e nem sacaneando com meu blog. Esta é a forma para permitir que todo mundo possa comentar. Aí, se quiser que eu saiba quem é você que comentou, basta assinar.
Be-a-bá demais? Né não, muita gente falou dessa dificuldade e saiu sem deixar recado. Agora todo mundo pode! :-)