Sabe mina? Mina de ouro, de diamante, de ferro, seja lá do que for? Então, imagine uma de diamantes, onde o diamante que você tira num dia tá lá de novo no outro. Uma fonte inesgotável, onde você pode cavar a vontade que o buraco não chega no fundo. Vizualizou? Pois é, você acaba de ver uma empresa de onibus.
Fiquei surpreso ontem que meu post sobre o meio passe no transporte para estudantes fosse comentado justamente por alguém que ESTAVA na manifestação. Louco isso, blog chega onde a gente nem imagina. Hoje o jornal veio confirmar o que ele disse, sobre sprays de pimenta, empurra-empurra e coisa e tal. Nesse mérito não vou entrar, porque estudante sabe desde sempre que manifestações estão sujeitas a contra-manifestações. Voltemos na meia-entrada escolar.
Fiquei surpreso ontem que meu post sobre o meio passe no transporte para estudantes fosse comentado justamente por alguém que ESTAVA na manifestação. Louco isso, blog chega onde a gente nem imagina. Hoje o jornal veio confirmar o que ele disse, sobre sprays de pimenta, empurra-empurra e coisa e tal. Nesse mérito não vou entrar, porque estudante sabe desde sempre que manifestações estão sujeitas a contra-manifestações. Voltemos na meia-entrada escolar.
Vamos fazer contas de novo? Lembra que o garoto economizava, muito provavelmente do pai dele, no mínimo R$ 46,00 por mes nas passagens? Então, com esse dinheiro ele poderia ir ao cinema umas 6,5 vezes, considerando o ingresso mais caro de BH, R$ 14,00. Ah tá, calculei lembrando que no cinema a meia entrada é o-bri-ga-tó-ri-a.
Sabe outra coisa que não é opcional, mas o-bri-ga-tó-ri-a? Pegar onibus. Ninguém escolhe pegar onibus, como escolhe ir ao cinema. A pessoa TEM que pegar onibus. Entendeu aí a mina de diamantes lá do início?
Bom, teatro é um pouquinho mais caro que cinema. Olha só, estou lidando com dados de BH ok? Aí na sua cidade talvez a conta seja outra, mas também facinha de fazer. Supondo uma meia entrada de R$ 15,00, nosso economico estudante foi no teatro 3 vezes no mês somente com dinheiro que não gastou de onibus. Ah sim, porque no teatro também a meia entrada é o-bri-ga-tó-ri-a. Por outro lado, alguém é obrigado a ir no teatro? Não. Mas é obrigado a pegar onibus? Uai, claro que é.
Daí que o jornal de hoje tá falando que um assessor do Prefeito se comprometeu com os manifestantes cheirando a spray de pimenta que vai estudar a questão e no final de abril será proposta alguma solução. Segundo o servidor pago com dinheiro público "a Prefeitura não subsidia as passagens do transporte público, ou seja, é a população quem paga." (Fonte: Estado de Minas - 27/03/09). Uma forma singela de te colocar contra o meio passe, já que você, coberto de razão, não vai querer pagar onibus mais caro pro seu vizinho economizar nas despesas que tem com o filho em idade escolar.
Tá bom, não pode ter meio passe no onibus sem tirar dinheiro do seu bolso, mas pode ter meia entrada em qualquer atividade de cultura e lazer. De novo a velha e boa tecla:
A pessoa não é o-bri-ga-da a pegar onibus? Então não seria muito mais lógico que ela tivesse o desconto de 50% onde é obrigada do que onde ela vai se quiser?
Só prá fechar sem deixar ponto sem nó, não sou contra a meia entrada na cultura e lazer, afinal a gente não quer só comida. Nesse caso acho que falta somente moralizar, mas este blog já falou sobre isso lááááá trás, quem quiser recordar é só procurar pelo tópico "Meia-boca".